O Benefício de Prestação Continuada (BPC) representa uma importante política pública de assistência social no Brasil, voltada para pessoas com deficiência e idosos a partir de 65 anos que vivem em situação de vulnerabilidade econômica. Em 2025, o governo federal anunciou medidas rigorosas para revisar o pagamento desse benefício, com foco na atualização do Cadastro Único (CadÚnico) e no combate a possíveis irregularidades.
Atualmente, mais de 6 milhões de brasileiros dependem do BPC, que garante o recebimento mensal de um salário mínimo. A partir do próximo ano, o cruzamento de informações entre diferentes bancos de dados será intensificado, visando identificar inconsistências cadastrais e fraudes. Essa ação faz parte de um plano de controle de gastos públicos, com previsão de economia significativa para os cofres federais.
Por que a atualização do CadÚnico é fundamental para o BPC?

O CadÚnico é a principal ferramenta do governo para identificar famílias de baixa renda e garantir o acesso a diversos programas sociais, incluindo o BPC. Manter os dados atualizados é uma exigência legal e, a partir de 2025, a falta de atualização pode resultar na suspensão do benefício. Mudanças como alteração de endereço, composição familiar ou renda devem ser informadas imediatamente para evitar problemas futuros.
Como funciona o pente-fino do BPC em 2025?
O processo de revisão dos benefícios, conhecido como pente-fino, será realizado de forma sistemática. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fará cruzamentos mensais entre o CadÚnico e outras bases de dados, como CPF, título de eleitor e CNH. Caso sejam identificadas inconsistências ou indícios de renda acima do permitido, o beneficiário será notificado e poderá ser convocado para realizar registro biométrico obrigatório.
- Notificação: O aviso pode ser feito por SMS, aplicativo Meu INSS, bancos ou ligação telefônica do número 135.
- Prazo para atualização: O beneficiário terá um período determinado para regularizar a situação, que varia conforme o tamanho do município.
- Suspensão e reativação: Se não houver atualização no prazo, o pagamento será suspenso, mas ainda será possível reativar o benefício caso a situação seja regularizada em até 30 dias.
Quais são os prazos e procedimentos para evitar a suspensão do BPC?
Os prazos para atualização cadastral variam de acordo com o porte do município. Em cidades com até 50 mil habitantes, o prazo é de 45 dias. Para municípios maiores ou localizados em regiões metropolitanas, o prazo se estende para 90 dias. Após a suspensão, ainda há um período adicional de 30 dias para regularização, garantindo o direito à reativação do benefício e ao recebimento dos valores retroativos.
- Receber a notificação oficial sobre a necessidade de atualização.
- Comparecer ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou posto do CadÚnico com os documentos necessários.
- Atualizar todas as informações exigidas, como renda, endereço e composição familiar.
- Aguardar a análise do INSS e, se necessário, realizar o registro biométrico.
O que pode levar à suspensão do Benefício de Prestação Continuada?
Além da falta de atualização cadastral, outros fatores podem resultar na suspensão do BPC. Entre eles, destaca-se o aumento da renda familiar per capita acima de ¼ do salário mínimo, acúmulo de benefícios não permitidos e identificação de fraudes. O beneficiário tem direito ao contraditório e à ampla defesa antes de qualquer decisão definitiva sobre o cancelamento do auxílio.
O processo de revisão do BPC reforça a importância de manter os dados sempre atualizados no CadÚnico e de acompanhar atentamente as notificações enviadas pelos órgãos oficiais. Dessa forma, é possível garantir a continuidade do benefício e evitar transtornos no recebimento do auxílio.