A JBS passou a negociar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) nesta sexta-feira (13), sob o código JBS. A estreia marca a consolidação da dupla listagem da companhia, que agora integra o grupo de empresas com presença simultânea nas bolsas dos Estados Unidos e do Brasil.
Logo no primeiro de negociações, os papéis “JBS” avançam 1,89% às 13h30 (horário de Brasília), negociados a US$ 14,01.
Desde segunda-feira (9), as ações da JBS são negociadas na B3 por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), com o código JBSS32. Esses recibos permitem que investidores brasileiros acompanhem os papéis da companhia listada no exterior sem a necessidade de operar diretamente na NYSE.
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Acesso aos grandes centros de capital
Para o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, a listagem na NYSE posiciona a companhia mais próxima dos grandes centros financeiros internacionais. Segundo ele, o movimento reconhece a trajetória da empresa e reforça sua estratégia de crescimento global.
“Estar na NYSE nos posiciona mais próximos dos grandes centros de investimento globais, fortalecendo nossa capacidade de executar nossa estratégia de crescimento, inovação e de entrega de valor aos nossos acionistas, colaboradores e comunidades”, afirmou Tomazoni.
Reorganização de capital e foco em crescimento
De acordo com o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, a listagem nos EUA é um passo estratégico para diversificar a base de investidores e otimizar a estrutura de capital. A companhia busca aumentar a capacidade de investimento global mantendo a disciplina financeira.
Com o novo modelo, cada duas ações da JBS S.A. foram convertidas em um BDR da JBS N.V., que representa uma ação Classe A da companhia listada na NYSE. Os investidores que detinham ADRs passaram a ter uma ação Classe A para cada recibo.
Mercado espera valorização após dupla listagem
A estreia dos papéis em Nova York é um ponto de inflexão na estratégia da companhia que terá acesso a mercados mais líquidos, segundo relatório do Citi.
“O movimento abre as portas para uma valorização substancial, reduzindo seu desconto histórico em relação aos pares globais”, informou o banco em relatório.
Segundo o banco, a listagem transforma a JBS de um “peso-pesado” brasileiro em uma líder em proteínas reconhecida mundialmente.
“Apesar da ciclicidade inerente do setor e do atraso na possível inclusão da JBS no índice Russell, que será em 2026, catalisadores claros permanecem, posicionando a ação para uma valorização atraente de 30% a 80% após a reclassificação”, avaliaram os especialistas do banco.