Nos últimos anos, o aumento de tentativas de fraude bancária tem chamado a atenção de autoridades e consumidores em todo o Brasil. Um dos métodos mais recorrentes é o chamado golpe da central de atendimento falsa, no qual criminosos se passam por funcionários de bancos para obter informações confidenciais ou até mesmo o cartão físico das vítimas. Essa prática, que explora a confiança e o desconhecimento das pessoas, tem causado prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros.
O funcionamento desse golpe é simples, mas eficiente. Os golpistas entram em contato por telefone, geralmente utilizando números que simulam centrais oficiais, e informam a existência de supostas transações suspeitas na conta da vítima. A partir desse contato, solicitam dados pessoais, senhas ou orientam a entrega do cartão bancário a um “motoboy” que estaria a caminho para recolher o objeto.
Como o golpe da central de atendimento falsa é aplicado?
Os criminosos utilizam técnicas de engenharia social para convencer a vítima de que estão falando com um representante legítimo do banco. Muitas vezes, eles já possuem algumas informações básicas, como nome completo e número do CPF, o que aumenta a credibilidade da ligação. Durante a conversa, podem solicitar dados sensíveis, como número do cartão, senha ou códigos enviados por SMS.
Em situações mais elaboradas, após convencer a vítima de que o cartão foi comprometido, os golpistas enviam um suposto motoboy até a residência para recolher o cartão físico. O cartão, então, é utilizado para realizar saques, compras ou transferências indevidas, causando prejuízos imediatos à vítima.

Quais sinais indicam uma tentativa de golpe?
Alguns indícios podem ajudar a identificar uma tentativa de golpe da central de atendimento falsa. O principal deles é a solicitação de informações confidenciais por telefone, como senhas, códigos de segurança ou números completos de cartão. Bancos e instituições financeiras legítimas nunca pedem esse tipo de dado por ligação.
Outro sinal de alerta é a pressa ou o tom alarmista durante a conversa. Os golpistas costumam criar um clima de urgência, alegando que a conta está em risco e que é necessário agir rapidamente. Além disso, a oferta de enviar um motoboy para recolher o cartão é um procedimento inexistente nas políticas dos bancos.
Como se proteger do golpe da central de atendimento falsa?
Para evitar cair nesse tipo de fraude, é fundamental adotar algumas medidas preventivas. Entre elas, destaca-se a orientação de nunca fornecer senhas, códigos ou dados bancários por telefone, mesmo que o número pareça confiável. Em caso de dúvida, o ideal é desligar a ligação e entrar em contato diretamente com o banco por canais oficiais.
Outra recomendação importante é desconfiar de qualquer solicitação para entregar o cartão a terceiros, como motoboys. Os bancos não realizam esse tipo de procedimento. Manter-se informado sobre as principais modalidades de golpe e compartilhar essas informações com familiares e amigos também contribui para reduzir o risco de novas vítimas.
O que fazer se for vítima desse golpe?
Ao perceber que foi alvo do golpe da central de atendimento falsa, a vítima deve agir rapidamente para minimizar os danos. O primeiro passo é comunicar imediatamente o banco para bloquear o cartão e as contas afetadas. Em seguida, é fundamental registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet.
Além disso, recomenda-se monitorar movimentações bancárias e contestar eventuais transações não reconhecidas. Caso haja prejuízo financeiro, o consumidor pode buscar orientação junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e, se necessário, recorrer à Justiça para tentar reaver os valores perdidos.
Como denunciar e ajudar a combater esse tipo de fraude?
Denunciar tentativas ou casos confirmados de golpe da central de atendimento falsa é fundamental para auxiliar as autoridades no combate a esse crime. As denúncias podem ser feitas diretamente à polícia, ao banco envolvido e também por meio de canais oficiais, como o site do Banco Central e plataformas de proteção ao consumidor.
Além de denunciar, compartilhar informações sobre o golpe com pessoas próximas pode ajudar a evitar que outras pessoas sejam enganadas. A conscientização coletiva é uma das principais ferramentas para dificultar a ação dos criminosos e proteger a população contra fraudes financeiras cada vez mais sofisticadas.