O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma política pública destinada a garantir um salário mínimo mensal para pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo aquelas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O acesso ao BPC Loas para autistas é um direito previsto em lei, mas ainda há dúvidas sobre os procedimentos e critérios necessários para a solicitação desse benefício.
Em 2025, a procura pelo BPC entre famílias de pessoas com autismo segue crescendo, especialmente diante do aumento dos diagnósticos. Apesar disso, muitos responsáveis ainda desconhecem as etapas para requerer o benefício e os documentos exigidos. O esclarecimento dessas informações é fundamental para que o público-alvo tenha acesso aos seus direitos.
Quem pode solicitar o BPC Loas para autistas?

O BPC Loas pode ser solicitado por qualquer pessoa com deficiência, incluindo o autismo, desde que seja comprovada a condição por meio de laudo médico. Além disso, é necessário que a renda mensal por pessoa da família não ultrapasse R$ 353, valor correspondente a um quarto do salário mínimo em 2025. Esse critério de renda é rigorosamente analisado pelo INSS durante o processo de concessão.
Para comprovar a deficiência, o requerente passa por uma avaliação composta por duas etapas: uma análise social realizada por assistente social do INSS e uma perícia médica feita por profissional da Perícia Médica Federal. Ambas as avaliações são essenciais para atestar o impedimento de longo prazo e a necessidade do benefício.
Como é feita a análise da renda familiar no BPC Loas?
A renda familiar é calculada somando todos os rendimentos dos membros do núcleo familiar e dividindo pelo número de pessoas. No caso do BPC, o valor recebido por um beneficiário não é incluído nesse cálculo para novos pedidos dentro da mesma família. Isso permite que mais de um integrante com deficiência ou autismo possa solicitar o benefício, caso atenda aos demais requisitos.
- Salários, aposentadorias e pensões entram no cálculo da renda.
- O próprio BPC, caso já concedido a outro membro, é desconsiderado.
- Despesas comprovadas com saúde podem ser apresentadas e analisadas, especialmente se comprometerem a renda do grupo familiar.
Quais documentos são necessários para solicitar o BPC Loas para autistas?
O processo de solicitação do BPC exige a apresentação de documentos que comprovem a situação do requerente e de sua família. Entre os principais, estão:
- Documento de identificação de todos os membros da família.
- Comprovante de residência atualizado.
- Laudo médico detalhado que confirme o diagnóstico de TEA.
- Comprovantes de renda de cada integrante do núcleo familiar.
- Cadastro atualizado no CadÚnico, que deve ser renovado a cada dois anos ou sempre que houver alterações na família.
Manter o CadÚnico atualizado é obrigatório para a análise do pedido, pois é por meio dele que o INSS verifica a composição familiar e a renda declarada. Mudanças como endereço, renda ou membros do grupo familiar devem ser comunicadas imediatamente para evitar problemas na concessão ou manutenção do benefício.
Onde buscar informações e como acompanhar o pedido do BPC?
O cidadão pode iniciar o pedido do BPC Loas por meio do site ou aplicativo Meu INSS, além da Central Telefônica 135, que funciona de segunda a sábado. Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) também são pontos de apoio importantes, oferecendo orientação sobre o benefício, auxílio no preenchimento do CadÚnico e esclarecimento de dúvidas durante o processo.
Após o requerimento, é fundamental acompanhar o andamento do processo pelos canais oficiais do INSS. Caso haja exigência de documentos adicionais, o solicitante deve providenciar a documentação o quanto antes para evitar atrasos. O acesso ao BPC Loas é um direito garantido por lei, e o conhecimento sobre os critérios e procedimentos é essencial para que pessoas com autismo e suas famílias possam usufruir desse recurso.