A Royal Enfield Himalayan 450 se consolidou como um fenômeno no mercado brasileiro de motocicletas em 2025, liderando as vendas da marca com 634 unidades emplacadas em junho e mais de 2.000 unidades vendidas desde seu lançamento em março de 2025. Com um preço inicial de R$29.990, a aventureira de média cilindrada combina tecnologia moderna, desempenho robusto e a tradição aventureira da Royal Enfield, conquistando rapidamente o público brasileiro.
O que diferencia a Royal Enfield Himalayan 450 no mercado brasileiro?

A Himalayan 450 representa uma evolução significativa em relação à antecessora Himalayan 411, com um projeto completamente renovado que a posiciona como uma das motos mais completas na categoria de trails de média cilindrada. Seus principais diferenciais incluem:
- Motor Sherpa 450: Monocilíndrico de 452 cm³, com refrigeração líquida (primeiro da marca com esse sistema), DOHC e quatro válvulas, entregando 40,02 cv a 8.000 rpm e 4,07 kgfm de torque a 5.500 rpm. Comparado ao motor de 411 cc (24,5 cv), oferece um ganho de 15,5 cv, permitindo uma velocidade máxima de 160-170 km/h e maior agilidade em estradas e trilhas.
- Câmbio de 6 marchas: Com embreagem assistida e deslizante, reduz o esforço no manete e evita travamento da roda traseira em reduções bruscas, garantindo maior conforto e segurança.
- Chassi tubular de dupla trave: Mais leve, rígido e estreito, melhora a distribuição de peso e a ergonomia, especialmente para pilotagem em pé, com peso em ordem de marcha de 198 kg (181 kg seco).
- Suspensão: Garfo invertido Showa SFF de 43 mm com 200 mm de curso na dianteira e monoshock com links na traseira (também 200 mm, com pré-carga ajustável), oferecendo estabilidade em terrenos variados, do asfalto a trilhas off-road.
- Tecnologia embarcada: Inclui painel TFT redondo de 4 polegadas (Tripper Dash) com navegação via Google Maps, conectividade com smartphones (controle de música e chamadas), acelerador eletrônico (ride-by-wire) com modos Performance e ECO, e ABS com opção de desativação na roda traseira. A iluminação é 100% LED, com farol, piscas e lanterna integrados, além de uma porta USB-C no guidão.
- Pneus e rodas: Rodas raiadas de 21 polegadas (dianteira) e 17 polegadas (traseira), com opções de pneus com câmara (versões de entrada e intermediária) ou sem câmara (tubeless) na versão topo de linha, usando pneus CEAT 90/90-21 e 140/80-17.
- Autonomia: Com tanque de 17 litros e consumo médio de 28,15 km/l, oferece autonomia de cerca de 480 km, ideal para longas viagens.
- Ergonomia: Banco bipartido ajustável (805-825 mm ou 825-845 mm), guidão largo e pedais enduro, otimizando o conforto em jornadas longas e manobras off-road.
O design modernizado mantém a essência aventureira com farol redondo, para-brisa alto, tanque redesenhado e para-lama bicudo, mas com linhas mais harmoniosas e robustas. As versões disponíveis no Brasil são:
- Entrada (R$29.990): Cores Slate Himalayan Salt (cinza com salmão) e Slate Poppy Blue (cinza com azul), pneus com câmara.
- Intermediária (R$30.990): Cor Hanle Black (preta), pneus com câmara.
- Topo de linha (R$31.990): Cores Kamet White (branca) e Hanle Black, pneus sem câmara.
- Kit de acessórios: Edição limitada de 150 unidades por R$10.000, voltado para aventuras off-road, com itens como protetores e bagageiros.
Por que a Himalayan 450 conquistou rapidamente o público?
O sucesso da Himalayan 450 no Brasil, com 2.000 unidades vendidas em poucos meses e 634 emplacamentos em junho de 2025, reflete uma combinação de fatores que atendem à crescente demanda por motos aventureiras no país, onde o segmento trail representa 19,7% das vendas de motocicletas. Os principais motivos incluem:
- Custo-benefício competitivo: A partir de R$29.990, a Himalayan 450 oferece um pacote tecnológico e de desempenho superior a rivais na mesma faixa de preço, como a Honda Sahara 300 (R$29.580-R$35.000). Recursos como navegação integrada, ABS configurável e suspensão Showa são incomuns em modelos abaixo de R$32.000.
- Versatilidade: O motor Sherpa 450 e o chassi redesenhado garantem desempenho equilibrado no asfalto (cruzeiro confortável a 120-140 km/h) e em trilhas off-road, com boa estabilidade em curvas e terrenos irregulares.
- Conforto e ergonomia: O banco ajustável, a baixa vibração do motor monocilíndrico e a suspensão de longo curso proporcionam conforto em viagens longas, enquanto a altura do assento (mínima de 805 mm) e a distância do solo de 230 mm facilitam o uso por pilotos de diferentes estaturas.
- Tecnologia moderna: O painel Tripper Dash com navegação Google Maps, modos de pilotagem e conectividade via smartphone atende às expectativas de um público jovem e conectado, enquanto o ABS e a embreagem deslizante aumentam a segurança.
- Produção local: Montada em Manaus (AM) no sistema CKD (kits importados da Índia), a Himalayan 450 tem entrega ágil e preços competitivos, reforçados pela nova unidade da Royal Enfield em parceria com o Grupo Multi, inaugurada em janeiro de 2025.
- Estratégia de mercado: A pré-venda online (iniciada em 19 de março de 2025 com 750 unidades no primeiro lote) e eventos com test rides nas concessionárias aumentaram o engajamento dos consumidores.
A tradição da Royal Enfield no segmento aventureiro, consolidada desde o lançamento da Himalayan 411 em 2016 (chegou ao Brasil em 2019), também contribui para a confiança na marca. O título de “Moto do Ano” na Índia (IMOTY 2024) reforçou o prestígio do modelo, atraindo tanto motociclistas experientes quanto novos entusiastas.
Quais são as principais concorrentes da Himalayan 450?
A Himalayan 450 compete no segmento de motos trail de média cilindrada, que combina uso urbano, rodoviário e off-road. Embora suas especificações se aproximem de modelos premium como a Triumph Scrambler 400X e a BMW G 310 GS, seu preço competitivo a posiciona contra motos mais acessíveis. As principais concorrentes no Brasil em 2025 incluem:
- Honda Sahara 300: Com motor de 293 cm³ (25,6 cv, 2,7 kgfm) e preço a partir de R$29.580, é uma concorrente direta pelo custo-benefício. Porém, tem menos potência, ausência de navegação integrada e suspensão menos sofisticada (curso de 180 mm).
- Honda CB 300F Twister: Focada no uso urbano, com motor de 293 cm³ (26,5 cv) e preço próximo de R$25.000, compete indiretamente por oferecer robustez a um custo menor, mas sem vocação off-road.
- Yamaha Lander 250: Com motor de 249 cm³ (20,9 cv) e preço em torno de R$24.000, é mais acessível, mas menos potente e equipada, com suspensão de curso menor (180 mm) e sem conectividade avançada.
- Triumph Scrambler 400X: Com motor de 398 cm³ (40 cv) e preço estimado acima de R$35.000, oferece desempenho semelhante, mas é mais cara e voltada para um público premium.
- Kawasaki Versys-X 300: Com motor bicilíndrico de 296 cm³ (40 cv) e preço próximo de R$37.000, é uma opção mais touring, mas menos acessível e com foco maior em asfalto.
- Yezdi Adventure 2025: Lançada como rival direta na Índia, com motor de 334 cm³ (30 cv) e preço competitivo, ainda não confirmada no Brasil, mas pode ser uma concorrente futura.
A Himalayan 450 se destaca pelo equilíbrio entre preço acessível, tecnologia avançada e versatilidade, superando rivais como a Sahara 300 em potência e equipamentos, enquanto mantém preços abaixo de modelos premium como a Scrambler 400X.
Himalayan 450
A Royal Enfield Himalayan 450 redefiniu o segmento de motos trail no Brasil em 2025, alcançando 2.000 emplacamentos em poucos meses e liderando as vendas da marca com 634 unidades em junho. Seu motor Sherpa 450 de 40 cv, chassi redesenhado, suspensão Showa e tecnologias como o painel Tripper Dash com navegação Google Maps oferecem um pacote único na faixa de R$29.990 a R$31.990, superando concorrentes em custo-benefício.
A produção local em Manaus e a estratégia de pré-venda online reforçam a acessibilidade, enquanto a ergonomia ajustável e a autonomia de 480 km atendem tanto a aventureiros off-road quanto a motociclistas urbanos. Em um mercado onde o segmento trail cresce rapidamente, a Himalayan 450 consolida a Royal Enfield como referência em mobilidade aventureira, competindo com marcas como Honda e Yamaha e atraindo um público diverso de entusiastas no Brasil.