A inadimplência das empresas brasileiras atingiu um novo recorde em abril, com 7,5 milhões de CNPJs com contas em atraso, segundo dados da Serasa Experian. O total equivale a 32,5% das companhias ativas no país, o maior percentual da série histórica iniciada pela datatech.
O valor consolidado das dívidas também subiu para um patamar inédito: R$ 177 bilhões. Em média, cada empresa inadimplente acumulava 7,3 dívidas negativadas, com ticket médio de R$ 3.227,80.
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Pequenos negócios concentram 96% da inadimplência
O impacto continua concentrado entre as micro e pequenas empresas, que somaram 7,1 milhões dos negócios inadimplentes em abril. Essas empresas foram responsáveis por 49,5 milhões de contas em atraso, que somaram R$ 152,4 bilhões do total devido.
Já entre as médias e grandes empresas, cerca de 32 mil e 23 mil, respectivamente, apresentaram contas em aberto no mês.
Segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, a inadimplência vem avançando desde dezembro de 2024, pressionada por juros elevados e restrição ao crédito. “Esses fatores reduzem a capacidade de renegociação das dívidas e aumentam o risco de acúmulo de inadimplência”, explica.

O setor de serviços foi o que mais concentrou empresas negativadas, com 53,3% do total, seguido pelo comércio (34,5%) e pela indústria (8,0%). Quando observados os segmentos onde as dívidas se originaram, os destaques foram serviços (31,6%) e bancos e cartões (20,8%).
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Sudeste lidera em volume de dívidas
Em números absolutos, o Sudeste concentrou a maior parte das empresas inadimplentes, com destaque para:
- São Paulo: 2.573.766
- Minas Gerais: 681.509
- Rio de Janeiro: 680.082
Já em termos proporcionais, o Distrito Federal teve a maior taxa de empresas negativadas: 41,8%, seguido por Pará (40,2%) e Alagoas (39,9%). Confira abaixo os dados completos por estado:
