A partir do dia 12 de agosto de 2025, uma nova legislação entra em vigor no Brasil criando a chamada CNH Social, programa que oferece a possibilidade de pessoas de baixa renda obterem a Carteira Nacional de Habilitação sem custos. O objetivo central dessa iniciativa é democratizar o acesso ao documento, proporcionando novas oportunidades para aqueles que dependem da habilitação, seja para locomoção, emprego ou outras finalidades relacionadas ao trânsito.
A nova medida foi aprovada pelo governo federal e conta com o financiamento proveniente das multas de trânsito. Com a regulamentação, milhares de cidadãos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que possuem renda familiar per capita de até meio salário mínimo, equivalente a R$ 706,00, poderão iniciar o processo de habilitação sem custos. Além disso, a CNH Social cobre todas as etapas do processo, incluindo exames, aulas obrigatórias e a emissão do documento.
O que é a CNH Social e como funciona?

A CNH Social é um benefício destinado a brasileiros em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A proposta prevê que todas as etapas para obtenção da habilitação sejam subsidiadas, desde os exames médicos iniciais até as aulas práticas e provas teóricas. O visto final é fornecido sem cobrança, o que reduz barreiras para quem busca o documento visando oportunidades de trabalho, especialmente no transporte de cargas e pessoas, onde a carteira é requisito indispensável.
Uma característica importante do programa é a descentralização da regulamentação. Cada estado ficará responsável por estabelecer os próprios critérios e prazos, sempre respeitando as diretrizes federais. Desta maneira, a implementação tende a ser adaptada às particularidades de cada região, facilitando o acesso conforme a realidade local.
Quais os requisitos para solicitar a CNH Social?
Para participar da iniciativa, é necessário cumprir alguns critérios básicos. O principal requisito é estar inscrito no CadÚnico, além de comprovar renda familiar per capita igual ou inferior a meio salário mínimo. Outros documentos são exigidos no ato do cadastro, como CPF ou título de eleitor, documento oficial com foto, comprovante de residência ou declaração equivalente e os documentos de identificação dos demais membros da família.
- Inscrição no Cadastro Único (CadÚnico)
- Renda per capita de até R$ 706,00
- Apresentar documentação pessoal e dos familiares
- Realizar cadastro presencial na Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social
O procedimento para se inscrever é presencial e ocorre na sede da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. É fundamental que o responsável familiar leve toda a documentação necessária e mantenha os dados atualizados, sendo recomendado renovar o cadastro a cada dois anos ou quando houver mudança na renda ou no núcleo familiar.
Como fazer o cadastro para a CNH Social?
Como acessar o benefício da CNH Social? O cidadão interessado precisa comparecer à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, localizada na Rua Vital Soares, 56. No local, é necessário apresentar os documentos exigidos, tanto pessoais quanto dos membros da família. O processo é gratuito, sem cobrança de taxas em nenhuma etapa.
- Separar documentos: CPF ou título de eleitor, documento oficial com foto, comprovante de residência e as certidões dos familiares.
- Dirigir-se à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social no endereço informado.
- Efetuar a inscrição no CadÚnico, se ainda não estiver cadastrado ou caso precise atualizar dados.
- Seguir as orientações fornecidas pelos responsáveis pelo atendimento para concluir a solicitação.
Após a aprovação, o beneficiário terá direito a todas as etapas do processo de habilitação por meio do programa social, sem desembolso de valores ao longo do procedimento.
Quais oportunidades a CNH Social oferece?
Além de permitir a obtenção gratuita da primeira habilitação, a CNH Social abre portas para diversos segmentos, especialmente para quem deseja trabalhar como condutor profissional. O documento pode ser utilizado em postos de trabalho que exigem categorias específicas, desde que atendidos os pré-requisitos legais de cada habilitação. Segundo dados mais recentes, dezoito estados já contam com iniciativas parecidas, ampliando assim a base de trabalhadores aptos a atuar em áreas como transporte escolar, de cargas e passageiros, delivery e setor logístico.
O programa também traz impacto relevante na mobilidade urbana e no acesso a serviços básicos, permitindo que pessoas em situação de vulnerabilidade possam se deslocar com mais autonomia. Ao facilitar o acesso à habilitação, a CNH Social reduz desigualdades e estimula o desenvolvimento econômico local por meio da inclusão social no trânsito.
A implementação da lei promete transformar a vida de muitos brasileiros, proporcionando mais igualdade nas oportunidades e contribuindo para que a população de baixa renda conquiste autonomia, emprego e qualidade de vida.