Nos últimos anos, um esquema de fraude conhecido como “Golpe do Motoboy” tem gerado preocupação entre usuários de bancos em todo o Brasil. Esta fraude se inicia com uma ligação em que o golpista informa que o cartão de crédito da vítima foi clonado. Com uma narrativa elaborada e envolvente, o criminoso consegue enganar o cliente a ponto de entregá-lo seu cartão de crédito a um suposto motoboy, que na verdade é cúmplice do golpe.
Os golpistas sofisticaram suas táticas, tornando-as ainda mais eficazes. Após o telefonema inicial, um motoboy é enviado até a residência do cliente para recolher o cartão, sob o pretexto de ser necessário para prosseguir com uma investigação interna. A vítima, acreditando estar ajudando na solução do problema, entrega também sua senha, o que permite aos criminosos realizarem transações fraudulentas com agilidade e precisão.
Como funciona o golpe do motoboy?

A estratégia do golpe do motoboy é minuciosa e bem planejada. Inicia-se com uma ligação falsa, normalmente de um número que aparenta ser do banco da vítima. O golpista, se passando por um representante bancário, informa que há suspeitas de clonagem no cartão de crédito do cliente, gerando um clima de urgência e preocupação.
Em seguida, para completar o golpe, o criminoso afirma que será necessário recolher o cartão fisicamente para que uma análise mais detalhada seja feita. Um “motoboy” é então enviado para buscar o cartão e, muitas vezes, a vítima é orientada a entregar também a senha, sob a falsa justificativa de verificação. Todo esse processo ocorre rapidamente, evitando que a vítima tenha tempo para suspeitar ou confirmar a veracidade da história com o banco.
Por que esse golpe é tão eficaz?
O sucesso do golpe do motoboy reside na exploração de dois aspectos fundamentais: o medo e a confiança. O medo de ter seus dados comprometidos faz com que a vítima aja em um impulso, enquanto a falsa aparência de profissionalismo dos golpistas cria uma sensação de confiança. A utilização de números de telefone que parecem legítimos e o conhecimento prévio de alguns dados pessoais contribuem para essa credibilidade.
Além disso, a rapidez com que o golpe é executado é crucial. Ao criar um senso de urgência, os criminosos impedem que a vítima tenha tempo de buscar uma segunda opinião ou verificar a informação diretamente com o banco. Essa tática eficiente de enganação torna o golpe difícil de identificar até que seja tarde demais.
Como se proteger do golpe do motoboy?
Para se proteger do golpe do motoboy, é essencial manter a calma e verificar as informações recebidas antes de tomar qualquer ação. Não forneça dados pessoais ou bancários por telefone. Sempre desconfie de ligações que solicitam tais informações de maneira urgente. A comunicação com o banco deve ser feita pelos canais oficiais, de preferência por meio de números confirmados nos sites ou aplicativos do banco.
Outra medida importante é nunca entregar o cartão ou fornecer sua senha a desconhecidos, mesmo que estes se apresentem como funcionários do banco ou portadores de mensagens urgentes. Lembre-se de que as instituições financeiras não costumam recolher cartões de crédito ou débito nas residências dos clientes para averiguações.
O que fazer se for vítima desse golpe?
Se há a suspeita de que foi vítima do golpe do motoboy, é crucial agir rapidamente. Entre em contato imediatamente com a central de atendimento ao cliente do seu banco e explique a situação. Solicite o bloqueio do cartão e verifique sua conta para identificar quaisquer transações suspeitas.
Também é recomendável que um boletim de ocorrência seja registrado na delegacia mais próxima. Isso não só ajuda em possíveis investigações futuras como também pode orientá-lo sobre próximos passos legais. Além disso, avise amigos e familiares sobre o golpe para que eles também fiquem prevenidos.