Comprar de um vendedor ambulante é um hábito comum, mas que exige atenção redobrada. Criminosos se disfarçam de vendedores para aplicar o Golpe da Maquininha, uma fraude que pode limpar a conta da vítima em segundos.
Este guia mostra como o golpe funciona e quais os cuidados essenciais para se proteger.
O que é o golpe da maquininha do vendedor ambulante?
É uma fraude na qual um golpista, passando-se por vendedor ambulante, utiliza uma maquininha de cartão adulterada ou manipula a transação. O objetivo é cobrar um valor muito superior ao combinado ou clonar os dados do cartão e a senha da vítima para uso posterior.

Como os golpistas aplicam o golpe?
A tática se baseia na pressa e na distração. Ao pagar por um produto de baixo valor, o falso vendedor apresenta uma maquininha. Ele pode digitar um valor muito maior, como R$ 2.050,00 em vez de R$ 5,00, e esconder o visor, alegando que está quebrado ou que o reflexo do sol atrapalha a visão.
Outra técnica é usar uma máquina que registra os dados do cartão. O golpista também pode alegar um falso erro de conexão para fazer a vítima digitar a senha várias vezes, aproveitando uma dessas tentativas para efetuar a cobrança com o valor fraudulento. Em todos os casos, o criminoso conta que a vítima não confira o valor no aplicativo do banco imediatamente.
Quais são os principais sinais de alerta para não cair?
O principal sinal é a atitude do vendedor. Desconfie se ele estiver muito apressado, se tentar cobrir o visor da maquininha ou se recusar a mostrar o valor digitado de forma clara.
Qualquer problema com a máquina, como um visor quebrado ou uma suposta falha de comunicação, deve ser visto como um alerta máximo. Se o vendedor insistir no pagamento com cartão mesmo diante desses problemas, cancele a compra.
Quem é o público-alvo mais comum deste golpe?
Qualquer pessoa pode se tornar uma vítima, especialmente em locais de grande movimento e distração, como praias, shows, carnaval ou grandes centros urbanos. Turistas e pessoas que estão com pressa são alvos frequentes, pois os golpistas presumem que estarão menos atentos aos detalhes da transação.
Fui vítima! O que fazer imediatamente após cair no golpe?
Se você pagou e desconfiou que algo está errado, a velocidade da sua reação é o que pode salvar seu dinheiro.
- Confira o extrato no mesmo instante: Antes mesmo de sair do local, abra o aplicativo do seu banco no celular. Verifique o valor exato que foi debitado da sua conta ou lançado no seu cartão de crédito.
- Ligue para o banco e bloqueie o cartão: Caso confirme a fraude, ligue imediatamente para os canais oficiais do seu banco. Conteste a transação e peça o bloqueio preventivo do seu cartão, pois ele pode ter sido clonado.
- Acione a polícia, se for seguro: Não confronte o golpista. Afaste-se para um local seguro e, se o criminoso ainda estiver por perto, ligue para a Polícia Militar (190) e passe a localização e as características dele.
- Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.): Dirija-se à delegacia da Polícia Civil mais próxima para registrar o crime. O extrato bancário com a transação fraudulenta é uma prova importante.
- Alerte outras pessoas ao redor: Se possível e seguro, alerte outras pessoas que estejam próximas sobre a presença do golpista para evitar que elas também se tornem vítimas.
Dicas de prevenção: como se proteger permanentemente?
Adotar medidas de precaução reduz drasticamente o risco. Uma excelente alternativa é usar o PIX, pois você controla o valor e os dados do recebedor diretamente no seu aparelho.
Se for usar o cartão, exija ver o valor na tela da maquininha de forma clara antes de digitar a senha. Se o visor estiver ilegível, não efetue a compra. E sempre proteja a digitação da senha com a mão e o corpo. Ter dinheiro em espécie para essas pequenas compras ainda é uma das formas mais seguras de pagamento.
Mantenha-se seguro e informado
Em transações informais, a responsabilidade pela segurança é ainda maior. Desconfie, verifique e proteja suas informações. Se uma situação parecer estranha ou apressada demais, é melhor não concluir a compra.