O mercado financeiro inicia a semana com expectativa de manutenção das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto investidores monitoram uma agenda intensa de indicadores econômicos.
A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, o cenário atual indica que tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) quanto o Federal Reserve (Fed) devem manter os juros em seus níveis atuais — 15% ao ano no Brasil e entre 4,25% e 4,50% nos EUA.
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A semana também está repleta de preocupações no cenário fiscal brasileiro, com um possível impacto na relação dívida/PIB e nas expectativas para a política monetária em 2026.
No cenário internacional, as tensões comerciais com os Estados Unidos — como a possível tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — seguem sendo um fator de atenção.
Para Ricciardi, o momento exige cautela. A recomendação é manter uma carteira diversificada e focar em estratégias que preservem o patrimônio em meio à volatilidade. Confira a análise na íntegra:
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Mercado precifica estabilidade
As apostas do mercado mostram mais de 96% de chance de manutenção da taxa Selic nesta reunião do Copom, segundo as opções negociadas. Nos Estados Unidos, a probabilidade de estabilidade nos juros está em 97,4%.
No entanto, Ricciardi ressalta que o foco estará nos comunicados e projeções dos bancos centrais, que podem sinalizar movimentos futuros. Ele também observa que a expectativa anterior de que os juros americanos poderiam cair abaixo de 3% até meados de 2025 foi revista, e agora se espera que fiquem entre 3,25% e 3,50%.
Diferencial de juros sustenta o real
Apesar do estresse causado pelas incertezas fiscais e comerciais, o dólar não tem ganhado força no Brasil. O motivo, segundo Ricciardi, é o alto diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, que segue atraindo capital estrangeiro e sustentando o real.
O Ibovespa fechou a última semana praticamente estável, aos 133.524 pontos (+0,11%), enquanto o S&P 500 renovou máximas com alta de 1,46%. O IFIX recuou 0,57% e os juros futuros brasileiros (DI) voltaram a subir, refletindo a percepção de risco fiscal.
Para esta semana, os mercados devem passar por turbulências, principalmente no Brasil, com o IBOV lutando para manter os 132 mil pontos.
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Agenda cheia na semana
Apesar do foco total na super quarta, com as definições dos juros no Brasil e nos EUA, os investidores terão uma série de dados econômicos e balanços corporativos para se atentarem na semana.
- Terça-feira (29): Relatório JOLTs (EUA)
- Quarta-feira (30): PIB (Zona do Euro); IGP-M e dados de emprego – Caged (Brasil); PIB (EUA); PMIs (China)
- Quinta-feira (31): Taxa de Desemprego (Zona do Euro); Balanço Orçamentário e Taxa de Desemprego (Brasil); Pedidos Contínuos por Seguro-Desemprego; e PCE (EUA)
- Sexta-feira (1º): PMIs da Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, Brasil e EUA; Inflação (Zona do Euro); Produção Industrial (Brasil); Taxa de Desemprego (EUA)
Entre os principais balanços da semana estão: Microsoft, Meta, Apple e Amazon nos EUA. Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3), CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Gerdau (GGBR4) no Brasil.