A Telefónica registrou prejuízo líquido de 51 milhões de euros (cerca de US$ 58,9 milhões) no segundo trimestre, contrastando com o lucro de 417 milhões de euros reportado no mesmo período do ano anterior.
Segundo a operadora espanhola, o desempenho negativo foi consequência da venda de ativos na América Latina e de perdas cambiais, especialmente com a desvalorização do real brasileiro frente ao euro.
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Desinvestimentos impactam resultados da Telefónica
A companhia explicou que o prejuízo decorre dos efeitos contábeis da venda da unidade peruana e da participação na Telefónica Argentina. Essas operações se somam a outras já realizadas na região, como as vendas das unidades no Uruguai e no Equador.
De acordo com o Presidente-Executivo da Telefónica, Marc Murtra, essa estratégia de desinvestimento deve continuar: “Após a venda de unidades no Uruguai e no Equador, a empresa tomará mais medidas para reduzir sua exposição na região”, afirmou.
Ainda assim, Murtra demonstrou otimismo com alguns mercados: “Olhando para o futuro, esperamos ver um bom momento na Europa e no Brasil”, disse.
Efeitos do câmbio na receita
A desvalorização do real brasileiro perante o euro foi um dos principais fatores que impactaram negativamente a receita da Telefónica, já que parte relevante do faturamento da companhia vem de operações no Brasil.
A receita total caiu 3,7% no segundo trimestre, somando 8,95 bilhões de euros. Mesmo com a queda, o resultado ficou ligeiramente acima do consenso de mercado, que previa 8,92 bilhões de euros.
Já o Ebitda ajustado (antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma das principais métricas usadas por analistas e investidores para medir o desempenho operacional, caiu 4,8% no trimestre, totalizando 2,92 bilhões de euros.
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Telefónica mantém metas apesar do impacto cambial
Apesar do prejuízo, a Telefónica reafirmou suas projeções para este ano. A empresa continua prevendo crescimento orgânico da receita e do Ebitda, além de fluxo de caixa livre em patamar semelhante ao registrado no ano anterior.
A companhia também confirmou o pagamento de dividendos em dinheiro no valor total de € 0,30 por ação referentes ao exercício de 2025, divididos em duas parcelas: € 0,15 em dezembro de 2025 e € 0,15 em junho de 2026.