O mês de julho foi marcado por forte aversão ao risco nos mercados, com reflexos diretos na Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 4,17% no mês. Esta é a maior queda mensal desde dezembro de 2024, quando o índice recuou 4,28%, segundo dados compilados pela Elos Ayta.
O movimento negativo ocorre em meio a incertezas externas, sobretudo pelas taxações implementadas pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos, que geraram apreensão sobre as exportações brasileiras e impactaram o apetite por ativos de risco.
Além disso, o IDIV, índice que acompanha as ações de empresas boas pagadoras de dividendos, também recuou, com baixa de 2,97% no mês, registrando seu pior desempenho de 2025.
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Ibovespa segue acumulando alta no ano
Apesar da queda expressiva em julho, o desempenho anual segue positivo. O Ibovespa sobe 10,63% do início deste ano até o fim de julho, marcando o melhor início de ano desde 2023, quando teve alta de 22,82% ao longo dos 12 meses.
Outros índices também registram ganhos consistentes:
- IDIV: +10,33% no ano
- IFIX (fundos imobiliários): +10,27% no ano
Dólar tem pior desempenho anual desde 2016
O dólar Ptax, referência oficial usada em contratos e câmbio no Brasil, acumula queda de 9,53% em 2025 até julho. Trata-se do pior desempenho anual desde 2016, quando a moeda americana caiu 16,53% no ano fechado.
Entre os fatores que explicam esse movimento estão a desaceleração da economia dos EUA, a redução nas taxas de juros americanas e a melhora na percepção fiscal do Brasil.
Além disso, o índice BDRX, que acompanha o desempenho dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que representam ações estrangeiras negociadas na B3, recuou 1,70% no ano.
A queda reflete o desempenho mais fraco das ações internacionais dolarizadas.
Small Caps lideram perdas no Ibovespa
O maior tombo veio do índice de Small Caps, que caiu 6,36% em julho. Esse é o pior resultado mensal desde dezembro de 2024, quando o índice cedeu 7,83%.
O indicador reflete o desempenho de empresas com menor valor de mercado, que tendem a ser mais sensíveis a movimentos de risco e liquidez.
Mesmo com o recuo mensal, as Small Caps ainda acumulam valorização de 18,38% no ano, melhor resultado para o índice desde 2019, quando subiu 58,19%.
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Ouro e Bitcoin se destacam como ativos de proteção
Segundo levantamento da Elos Ayta, entre os melhores desempenhos do ano, o ouro lidera com alta de 26,64%. O metal é tradicionalmente considerado um ativo de proteção em períodos de instabilidade econômica global e incertezas geopolíticas.
O Bitcoin também teve performance destacada: subiu 12,01% em julho e acumula valorização de 11,49% no ano.
A criptomoeda também tem sido procurada como uma reserva alternativa de valor diante do aumento do ruído político e econômico internacional.
Em 12 meses, Bitcoin dispara e dólar é o único no vermelho
No acumulado de 12 meses até julho, o Bitcoin apresenta valorização de 78,71%, liderando com ampla vantagem. A alta é impulsionada pelo aumento da adoção institucional e da expectativa de cortes de juros nos EUA.
Na segunda posição aparece o ouro, com alta de 36,55%, seguido pelo BDRX, que acumula ganho de 18,54% nesse mesmo intervalo.
O dólar Ptax foi o único ativo com retorno negativo na janela de 12 meses, com recuo de 1,06%.
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Confira o desempenho dos índices ao longo de 12 meses até julho:
