O golpe do falso seguro de vida ou saúde usa ofertas de apólices com grandes vantagens para enganar quem busca proteção. Criminosos se passam por corretores, vendem uma cobertura que não existe e desaparecem com o dinheiro do pagamento. Este guia rápido e direto ensina a identificar a fraude e a garantir que seu investimento em segurança seja real.
Afinal, o que é e qual o verdadeiro objetivo do golpe do falso seguro?
Este golpe consiste na venda de apólices de seguro de vida, saúde ou previdência privada falsas. Os criminosos abordam as vítimas, geralmente por telefone, se passando por corretores de seguradoras conhecidas para oferecer um contrato fraudulento.
O objetivo principal é duplo: roubar o dinheiro pago como “prêmio” (a primeira parcela do seguro) e coletar dados pessoais sensíveis. Com essas informações em mãos, os golpistas podem cometer uma série de outras fraudes financeiras.
A tática por trás do golpe é a engenharia social. Os fraudadores exploram o desejo de segurança ou a vontade de economizar da vítima, criando um senso de urgência para fechar o negócio antes que ela tenha tempo de verificar a legitimidade da oferta.
Como os criminosos executam este golpe passo a passo?
A fraude é executada de forma rápida e persuasiva. O golpista segue um roteiro para parecer um profissional competente, ganhando a confiança da vítima para extrair o pagamento e os dados o mais rápido possível, sem levantar suspeitas.
O processo criminoso geralmente ocorre nesta ordem:
- O Contato Proativo: O golpista liga para a vítima, se apresentando como um corretor com uma oportunidade única de seguro ou portabilidade.
- A Oferta Irresistível: Ele oferece uma apólice com cobertura ampla e preço muito abaixo do mercado, prometendo bônus e vantagens.
- A Pressão para o Pagamento: Para “ativar” a apólice, o criminoso exige o pagamento imediato da primeira parcela, geralmente via Pix para uma conta pessoal.
- A Falsa Apólice e o Desaparecimento: Após o pagamento, o golpista pode até enviar um contrato falso por e-mail, mas depois corta todo o contato.
A pressão psicológica é focada na ideia de “não perder a oportunidade”. O golpista faz a vítima acreditar que está fazendo um excelente negócio e tomando uma atitude responsável pela sua família, incentivando uma decisão impulsiva.
Quais são os sinais de alerta que você nunca deve ignorar?
O mercado de seguros é altamente regulado, e qualquer oferta que fuja dos padrões de formalidade deve ser vista com suspeita. A pressa e a informalidade são os maiores sinais de que você está lidando com um fraudador, não com um profissional.
Fique muito atento a estes sinais de alerta que indicam uma fraude:
- Pressão para tomar a decisão e efetuar o pagamento durante a ligação.
- Preços e condições muito mais vantajosos que os praticados por outras seguradoras.
- Exigência de pagamento do prêmio para uma conta bancária de pessoa física.
- O corretor ou a empresa não possuem registro no site da SUSEP.
- Recusa em formalizar a proposta por escrito antes de qualquer pagamento.
A regra de ouro é: verifique sempre antes de contratar. Nunca feche um negócio no calor do momento. Peça os dados do corretor e da empresa e confirme tudo nos canais oficiais antes de fornecer qualquer dado ou valor.
Fui vítima, e agora? Quais são os primeiros passos imediatos a tomar?
Se você realizou um pagamento, o primeiro passo é contatar seu banco ou a operadora do cartão de crédito. Informe sobre a fraude, solicite o bloqueio da transação e, se foi via Pix, peça a ativação do Mecanismo Especial de Devolução (MED).
O segundo passo é denunciar o crime às autoridades. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil, detalhando o golpe como estelionato e fornecendo todos os dados que você tiver do golpista.
Faça também uma denúncia formal nos canais de atendimento da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Ao notificar o órgão regulador, você ajuda a combater a prática e a alertar outros consumidores sobre a fraude.
Leia também: 19/08: salário mínimo sobe para R$ 1.830,23 e anima trabalhadores
Como se proteger contra falsos seguros e fraudes no mercado?
A proteção mais eficaz é a prevenção. Adote o hábito de sempre checar a idoneidade da empresa e do profissional antes de iniciar qualquer negociação. Um contrato de seguro é um compromisso de longo prazo e exige máxima confiança.
A dica de segurança mais importante é usar as ferramentas do governo. No site da SUSEP, você pode consultar gratuitamente se uma empresa tem autorização para vender seguros e se um corretor está devidamente habilitado. Se o nome não estiver na lista, não avance.
Além da SUSEP, busque informações em portais de defesa do consumidor, como o Procon, que frequentemente emitem alertas. Desconfie de contatos não solicitados e nunca se sinta pressionado a tomar uma decisão financeira importante por telefone.
Leia também: Quem tem conta ativa na Nubank precisa saber disso
Sua tranquilidade e segurança não têm preço: proteja-as
Contratar um seguro é um ato de cuidado, e os golpistas se aproveitam disso. Eles transformam a busca por proteção em uma armadilha, mas a informação e a verificação de credenciais são suas defesas mais fortes. A verdadeira segurança está em um contrato legítimo, não em uma promessa fácil.
Este guia serve como um alerta educacional. Se você foi vítima, os passos essenciais são registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e contatar seu banco. Para garantir uma contratação segura, use sempre as ferramentas de consulta da SUSEP e desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade.
