As ações da Reag Investimentos (REAG3) desabam no pregão desta quinta-feira (28), em meio à Operação Carbono Oculto, que investiga um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
Os papéis da gestora recuam 14,36%, a R$ 3,22, às 14h10. Na mínima do dia, as ações chegaram a cair 22,61%, refletindo a preocupação do mercado com o envolvimento da empresa nas apurações.
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Reag na mira das autoridades
A Reag, uma das maiores gestoras independentes do país, é suspeita de atuar na blindagem patrimonial do grupo criminoso por meio de fundos de investimento que movimentaram bilhões de reais.
De acordo com documentos coletados em fases anteriores da investigação, a gestora administrava o Location Fundo de Investimentos e Participações Multiestratégia, que teria recebido aportes incompatíveis com o patrimônio declarado de seus cotistas.
Conversas interceptadas pela investigação indicam que executivos da Reag ajudaram a ocultar os verdadeiros beneficiários do fundo.
Em fato relevante divulgado nesta manhã, assinado pelo diretor-presidente e de Relações com Investidores, Dario Tanure — sem ligação com a família do megainvestidor Nelson Tanure —, a companhia informou estar colaborando integralmente com as autoridades e fornecendo documentos e informações solicitadas.
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Supervisão da CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia inspecionado a Reag em novembro de 2024, coletando documentos sobre sua política de prevenção à lavagem de dinheiro e os controles internos da gestora.
Esses dados foram compartilhados com o Ministério Público, que agora usa o material para reforçar as acusações de participação da Reag na ocultação de bens do esquema.