O golpe do falso ingresso se aproveita da alta procura por shows, festivais e jogos para enganar fãs. Criminosos vendem ingressos falsificados ou duplicados em redes sociais, causando prejuízo financeiro e a frustração de ser barrado na porta do evento. Este guia direto ao ponto mostra como a fraude funciona e como garantir sua entrada de forma segura.
Afinal, o que é e qual o verdadeiro objetivo do golpe do falso ingresso?

Este golpe consiste na venda de ingressos inválidos para eventos concorridos. Os golpistas anunciam em plataformas como Instagram e Facebook, oferecendo entradas que podem ser completamente falsas, ou um único ingresso verdadeiro que é vendido para várias pessoas ao mesmo tempo.
O único objetivo do criminoso é roubar o dinheiro da vítima. Ele exige o pagamento antecipado via PIX e, após receber, desaparece ou entrega um arquivo sem valor. O prejuízo é duplo: financeiro e a perda da experiência do evento.
A fraude se apoia na engenharia social, explorando o desespero de quem não conseguiu comprar um ingresso pelos canais oficiais. O medo de ficar de fora (FOMO) faz com que a vítima ignore os sinais de perigo e confie em vendedores desconhecidos.
Como os criminosos executam este golpe passo a passo?
A fraude acontece em uma negociação rápida e informal, que usa a ansiedade da vítima para acelerar o pagamento sem que haja tempo para verificação. O golpista cria uma falsa imagem de credibilidade para parecer um fã que apenas quer repassar seu ingresso.
O processo criminoso geralmente ocorre nesta ordem:
- A Oferta na Rede Social: Após um evento esgotar, o golpista anuncia em grupos de fãs que tem um “ingresso sobrando”.
- A Negociação Convincente: Ele se mostra prestativo, envia “provas” falsas (como prints de e-mail) e cria uma história pessoal para gerar confiança.
- A Exigência do PIX: O pagamento total é exigido de forma antecipada para “garantir” a entrada, sob a desculpa de que há outros interessados.
- O Envio do Ingresso Inválido: O golpista envia um PDF falso ou um QR Code já vendido a outros e, em seguida, bloqueia a vítima.
A pressão psicológica é a principal ferramenta. Ao criar uma falsa competição pelo ingresso, o golpista força uma decisão impulsiva. A vítima, com medo de perder a única chance de ir ao evento, paga sem pensar.
Quais são os sinais de alerta que você nunca deve ignorar?
A única forma 100% segura de adquirir ingressos é através dos canais de venda oficiais do evento. Qualquer compra feita em mercados paralelos, especialmente de pessoas físicas desconhecidas, representa um risco altíssimo.
Fique muito atento a estes sinais de alerta que indicam uma fraude:
- A venda é feita por um perfil pessoal em redes sociais que não oferece nenhuma garantia ao comprador.
- O vendedor pressiona para que o pagamento via PIX para uma conta de pessoa física seja feito na hora.
- O preço é muito diferente do oficial (ou muito baixo, ou um pouco acima para parecer crível em eventos esgotados).
- O vendedor se recusa a usar a ferramenta de transferência segura do aplicativo oficial da tiqueteira.
- O perfil do vendedor é novo, tem pouca atividade ou comentários bloqueados.
A regra de ouro é: compre apenas nos canais oficiais. Se o evento esgotou, entenda que comprar de terceiros é uma aposta. Um print de tela ou um arquivo PDF de um QR Code não garante sua entrada, pois ele pode ter sido vendido para dezenas de pessoas.
Leia também: Celular da Motorola xodó do brasileiro, custa menos de R$ 2 mil e é perfeito para começar setembro
Fui vítima, e agora? Quais são os primeiros passos imediatos a tomar?
Se você fez um pagamento e descobriu que o ingresso é falso, a primeira ação é contatar seu banco imediatamente. Se a transferência foi via PIX, informe que foi vítima de um golpe e peça a ativação do Mecanismo Especial de Devolução (MED).
O segundo passo é denunciar o crime. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil do seu estado. A venda de ingressos falsos é crime de estelionato. A denúncia pode ser feita online na Delegacia Virtual.
Guarde todas as provas da negociação, como prints da conversa, o perfil do golpista e o comprovante do pagamento. Denuncie o perfil diretamente na rede social onde a negociação ocorreu para que a plataforma possa removê-lo.
Leia também: Idosos com 60 anos ou mais comemoram novo benefício em agosto
Como se proteger e garantir sua presença no evento?
A melhor defesa contra esse golpe é a prevenção, optando sempre pela segurança dos canais oficiais em vez de arriscar em ofertas duvidosas.
Adote estas dicas práticas de segurança: dê preferência absoluta à compra nos sites oficiais do evento (como Eventim, Ticketmaster, Sympla, etc.). Evite comprar de cambistas e de perfis desconhecidos em redes sociais.
Nunca aceite um simples arquivo PDF ou uma imagem de QR Code como ingresso. As plataformas modernas de venda possuem um sistema de transferência segura dentro do próprio aplicativo, que é a única forma de garantir a autenticidade e a titularidade do ingresso.
A diversão do evento começa com a compra segura
O golpe do falso ingresso explora a paixão e a empolgação dos fãs para aplicar fraudes. Não deixe que a ansiedade de participar de um momento esperado anule seu bom senso. Uma compra segura é o primeiro passo para uma experiência positiva.
Este guia serve como um alerta educacional. Se você foi vítima, os passos essenciais são contatar seu banco e registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Ao planejar sua ida a um evento, lembre-se que a tranquilidade de ter um ingresso válido não tem preço.