O dólar à vista enfrentou uma jornada volátil nesta sexta-feira, encerrando o dia com uma ligeira queda de 0,14%, cotado a R$ 5,1622. A manhã foi marcada pela superação dos R$ 5,20 devido à divulgação do robusto relatório de emprego dos EUA, impactando não só o mercado brasileiro, mas também desencadeando movimentos globais.
Releitura de números do payroll impulsiona dólar no início do dia
A divulgação surpreendente do payroll pela manhã, indicando a criação de 336 mil vagas nos EUA em setembro, superando as expectativas, desencadeou uma onda de avanço do dólar e das taxas dos Treasuries. O mercado interpretou o fortalecimento do mercado de trabalho como um sinal de possível alta adicional da taxa básica pelo Federal Reserve e expectativa de juros mais elevados por um período prolongado.
DXY atinge máxima, dólar à vista alcança a R$ 5,2207
O índice DXY, medidor do desempenho do dólar em relação a seis moedas fortes, chegou perto dos 107.000 pontos, enquanto o dólar à vista atingiu sua máxima diária em R$ 5,2207. O mercado futuro registrou zeramento de posições “vendidas”, indicando uma postura cautelosa dos investidores.
Inversão de tendência: Bolsas em NY sobem e dólar cai
No entanto, a maré começou a virar no fim da manhã, com as bolsas em Nova York subindo e o dólar revertendo seu curso em relação ao euro e às moedas emergentes. A tarde foi marcada por ajustes técnicos e uma leitura mais benigna do payroll, levando o dólar a atingir a mínima de R$ 5,1467.
Perspectivas para investidores: Desafios para o real e mercados emergentes
Apesar do alívio ao longo da tarde, o real e seus pares latino-americanos enfrentam baixas consideráveis no início de outubro, revertendo parte dos ganhos acumulados no ano. O peso colombiano lidera as perdas semanais, recuando 6,00%, seguido pelo peso mexicano (-4,38%).
Imagem: Piqsels