O dólar fechou esta sexta-feira (19) praticamente estável, com leve alta de 0,03%, a R$ 5,32. A movimentação foi limitada, com baixa liquidez e sem indicadores relevantes no Brasil e no exterior para direcionar os negócios. Investidores focaram em ajustes técnicos de posições.
Após a recente valorização do real, que rompeu o piso de R$ 5,40, operadores afirmam que não houve gatilhos para levar o dólar abaixo de R$ 5,30 nesta sessão. Ainda assim, o mercado mantém a expectativa de continuidade do movimento de apreciação da moeda brasileira.
Em entrevista ao Broadcast, Alexandre Viotto, head de banking da EQI Investimentos, disse que o diferencial de juros — diferença entre a taxa Selic no Brasil e a taxa básica nos Estados Unidos — deve sustentar a valorização do real.
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“O dólar deve vir abaixo dos R$ 5,30 no curto prazo porque o carrego está muito alto”, afirma Viotto, referindo-se ao ganho obtido por investidores que aplicam em títulos de juros mais elevados.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve reduziu os juros básicos em 25 pontos-base nesta semana e o mercado projeta mais dois cortes até o fim do ano. Alguns dirigentes, como Stephen Miran, chegaram a defender cortes de 50 pontos-base.
Na semana, a moeda americana acumulou queda de 0,62%. Em setembro, a desvalorização chega a 1,86% e, no ano, a 13,90%.
Dólar no exterior
No exterior, o dólar se valorizou frente a moedas fortes e a maioria das divisas emergentes, mas perdeu força em relação ao peso chileno e ao rand sul-africano, considerados pares relevantes do real.
Confira o desempenho do gráfico DXY (em tempo real) — Dollar Index, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes:
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