O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, renovou seu recorde de fechamento na última sexta-feira (19), em alta de 0,25%, aos 145.865 pontos. Durante a sessão, o índice chegou aos 146.398 pontos, novo recorde intradia.
A recente decisão de política monetária e redução dos juros nos Estados Unidos impulsionou as bolsas globais, influenciando também o índice brasileiro.
Entre as ações de maior peso, Petrobras recuou 1,46% (ON) e 1,11% (PN), puxada pela queda de 1,3% no preço do petróleo em Nova York e Londres. Já a Vale fechou em alta de 0,40%.
O setor financeiro teve bom desempenho, com destaque para Bradesco, em alta de 1,68% (ON) e 1,78% (PN); e Itaú, que valorizou 1,33% na sessão.
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No mercado internacional, a semana inicia com agenda cheia nos Estados Unidos e Zona do Euro.
Após os alertas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sobre a inflação, ao afirmar que as decisões de juros serão tomadas reunião a reunião, os mercados em Nova York voltam suas atenções para a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, nesta quinta-feira, e, sobretudo, para o índice PCE, indicador de inflação preferido do Fed, na sexta-feira.
Também há expectativa pelos discursos dos membros do Fed, John Williams e Thomas Barkin, sobre política monetária, após corte na taxa de juros na semana passada.
No Brasil, destaque para ata da última reunião do Copom e Relatório de Política Monetária, além do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e o IPCA-15 de setembro.
A agenda política também segue movimentada por aqui, com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (23), e a expectativa em relação à ameaça da Casa Branca de anunciar medidas adicionais contra o Brasil.
No Congresso tramitam pautas econômicas importantes, como a isenção do Imposto de Renda (IR) e a Medida Provisória (MP) do tarifaço, além da segunda parte da regulamentação da reforma tributária, em meio às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e a Lei da Anistia.
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Manchetes desta manhã
- Ometto e Esteves se unem e Cosan anuncia capitalização de até R$ 10 bi (Valor)
- Capitais têm protestos contra PEC da Blindagem e anistia (O Globo)
- Média salarial do Judiciário é quase 3 vezes a do Executivo (Estadão)
- Vencedores do Nobel divulgam carta em defesa da democracia com escalada autoritária de Trump (Folha)
- ‘É difícil acreditar que não teremos uma crise financeira’, diz ex-FMI (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam majoritariamente em queda antes dos dados do PCE e à espera dos discursos de Fed boys.
Uma estimativa rápida para a confiança do consumidor da zona do euro em setembro está prevista para próximo do fechamento.
Na Ásia, os índices iniciaram a semana com desempenho positivo, com exceção para o índice Hang Seng que, em Hong Kong, fechou em queda de 0,76%. No Japão, o Nikkei encerrou a sessão com uma valorização de 1,02%
O Banco do Povo da China (PBoC) manteve as taxas básicas de juros inalteradas em 3% e 3,5%, apesar da fraca demanda por crédito e da desaceleração do crescimento. A decisão impulsionou os índices locais: Xangai terminou em alta de 0,22% e Shenzhen, de 0,67%.
Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa após uma semana de fortes ganhos em que o Dow Jones e o S&P 500 atingiram novas máximas históricas, impulsionados pelo corte nas taxas de juros pelo Fed.
•S&P 500 Futuro -0,2%
•FTSE 100 +0,1%
•CAC 40 -0,2%
•Nikkei 225 +1%
•Hang Seng -0,8%
•Shanghai SE Comp. +0,2%
•MSCI World estável
•MSCI EM +0,2%
•Bitcoin -2,4% a US$ 112601,81
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Commodities
- Petróleo: cai por preocupação sobre excesso de oferta prevalecendo sobre a geopolítica. A previsão é de que a demanda global diminua do terceiro para o quarto trimestre deste ano, e também no começo de 2026, ao mesmo tempo em que a produção da OPEP+ está em trajetória ascendente.
Ainda, o Iraque aumentou as exportações de petróleo após a reversão gradual dos cortes voluntários sob um acordo da Opep+.
O Brent para novembro recua 0,61%, cotado a US$ 66,27 e o WTI para novembro cai 0,64%, a US$ 62 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,37% em Dalian, na China, cotado a US$ 113,65/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,06%, cotados a US$ 106,60/ton e o mercado à vista avança 0,05%, cotado a US$ 105,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o Senado americano rejeitou na sexta-feira (19) um projeto de lei de financiamento provisório do governo federal para evitar shutdown a partir de 1º de outubro, início do novo ano fiscal.
Na Europa, as ações das companhias aéreas caem em bloco, após uma série de ciberataques interromper o tráfego de passageiros em quatro dos principais aeroportos da região, causando dezenas de cancelamentos de voos.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda da semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus do Banco Central (BC), primeiro relatório após a manutenção da Selic.
Na agenda das autoridades, Lula viaja para Nova York para participar de uma série de compromissos durante evento da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, palestra nesta manhã no BTG Pactual Macro Day.
Destaques no mercado corporativo
- Cosan: fechou aporte de R$ 10 bilhões de fundos do BTG e da Perfin.
- Bradesco: o conselho de administração do banco aprovou o pagamento de R$ 3 bilhões em juros sobre capital próprio.
- Azul: Audiência nos EUA busca prorrogar prazos do Chapter 11.
- Natura: ações dispararam 16,46%, liderando as altas do Ibovespa, após a companhia anunciar a venda da Avon Internacional.
- BRF: aprovou o cancelamento de 90,2 milhões de ações e solicitou à CVM a mudança para a categoria B, preparando sua saída da bolsa brasileira e de Nova York.
- Vale: Concluiu a formação de joint-venture com a GIP na Aliança Energia, resultando em um recebimento de R$ 1 bilhão em caixa.
