O dólar fechou esta segunda-feira (22) em alta de 0,32%, a R$ 5,34. Foi o quarto pregão consecutivo de valorização da moeda americana, após ter fechado abaixo de R$ 5,30 na véspera do primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025.
O movimento ocorreu após os Estados Unidos anunciarem sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. A medida prevê o bloqueio de bens em território americano.
Além disso, foram revogados os vistos de Jorge Messias, advogado-geral da União, e de outras autoridades brasileiras. O anúncio aumentou a cautela entre investidores, sobretudo às vésperas do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU.
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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores classificou a decisão americana como ingerência em assuntos internos do Brasil. Já o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que as sanções servem de alerta a quem apoia ações que contrariam os interesses americanos.
Apesar da alta recente, o dólar acumula queda de 1,55% em setembro e recuo de 13,63% no ano.
Dólar interno e externo
O mercado também opera com cautela diante da agenda da semana, que inclui a ata do Copom, a prévia da inflação (IPCA-15) e dados de atividade nos EUA.
No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes, caiu para 97,309 pontos, próximo da mínima do dia. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
A moeda recuou frente à maioria das divisas emergentes, mas registrou leve alta contra o peso mexicano e o peso chileno.
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Expectativas para o câmbio
As apostas de cortes adicionais de juros pelo Fed levaram o BTG Pactual a revisar sua projeção para o dólar no fim de 2025, de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,50.