O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (22) em queda de 0,52%, aos 145.109,25 pontos, após renovar máximas históricas na semana passada. O volume financeiro negociado foi de R$ 20,6 bilhões.
A desvalorização foi influenciada pela notícia de que os Estados Unidos incluíram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na chamada Lei Magnitsky — legislação que prevê sanções contra pessoas e entidades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.
No fim da tarde, o governo norte-americano também confirmou novas restrições de vistos a autoridades brasileiras, sem divulgar nomes. O anúncio aumentou a cautela dos investidores.
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A agenda doméstica trouxe somente o Boletim Focus, que reduziu a estimativa de inflação medida pelo IPCA para os próximos 12 meses a 4,36%, contra 4,43% na semana anterior. O número permanece abaixo do teto da meta de 4,50%.
As projeções para 2025 e 2027 ficaram estáveis em 4,83% e 3,90%, respectivamente. Para a taxa Selic, a expectativa é de 15% ao ano no fim de 2025, o mesmo nível atual.
Nesta terça-feira (23), a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) deve guiar os investidores. O mercado espera mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária, depois de um comunicado considerado mais duro que o esperado.
Além disso, a semana reserva a divulgação do IPCA-15 de setembro e do Relatório de Política Monetária no Brasil. No exterior, o foco recairá sobre o PIB dos Estados Unidos e o índice PCE, medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed).
Destaques do Ibovespa
As ações da Vale (+0,14%) e, principalmente, da Petrobras (ON +1,07%, PN +1%) ajudaram a sustentar o índice. Os bancos, que sentiram o impacto das sanções, também limitaram quedas. O Itaú (PN) fechou em baixa de 1,44% e o Banco do Brasil (ON) caiu 0,51%. O Bradesco destoou e encerrou em alta de 0,26% na (ON) e 0,17% na (PN).
Entre as maiores altas do dia ficaram Embraer (+4,63%), WEG (+2,09%) e Rumo (+2,05%). Por outro lado, Cosan (-18,13%), Raízen (-7,75%) e BRF (-5,38%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
Enquanto a Embraer foi impulsionada pelo anúncio de acordo com a Latam Airlines e afiliadas para a compra de até 74 aeronaves, Cosan despencou, após acordo para aporte de R$ 10 bilhões pelo BTG e a Perfin.
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