O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou a sessão desta terça-feira (23) em alta de 0,91%, aos 146.424 pontos. Foi a primeira vez na história que o índice encerrou acima dos 146 mil pontos.
A alta foi impulsionada pela sinalização de aproximação diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Durante a Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump tiveram um encontro breve, considerado amistoso.
O presidente norte-americano afirmou ter sentido “excelente química” no contato e declarou que só negocia com pessoas de quem gosta. Houve expectativa de uma nova reunião ainda hoje, mas a confirmação oficial é de que o diálogo ocorrerá a partir da próxima semana.
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Para analistas, a reaproximação dos dois países pode abrir espaço para negociações comerciais, incluindo eventual flexibilização de tarifas ou ampliação da lista de produtos isentos de taxação.
No melhor momento do dia, a Bolsa alcançou 147.178,47 pontos, renovando sua máxima intradia. Mesmo perdendo a força, o Ibovespa soma alta de 0,38%. Em setembro, o avanço chega a 3,54%, e no ano, a valorização já atinge 21,73%.
Destaques do Ibovespa
Petrobras disparou, subindo 2,64% (ON) e 1,69% (PN). O setor bancário também operou em alta, com destaque para Banco do Brasil, que avançou 2,88%. Já a Vale, ação de maior peso no índice, terminou em baixa de 0,57%, limitando os ganhos.
Entre as maiores altas do dia ficaram Pão de Açúcar (+4,12%), RD Saúde (+3,92%) e Localiza (+3,73%). Por outro lado, MBRF (-6,72%) — fusão entre Marfrig e BRF —, Braskem (-2,38%) e Lojas Renner (-2,15%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
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Cenário internacional
Enquanto a Bolsa brasileira renovava recordes, os principais índices de Nova York fecharam no vermelho. O Dow Jones caiu 0,19%, o S&P 500 recuou 0,55% e o Nasdaq teve queda de 0,95%.
Nos Estados Unidos, investidores acompanharam declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, interpretadas com cautela.