As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta nesta quarta-feira (13) após surpresas com o Indice de Preços ao Produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês).
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O índice subiu 1,4% em março na comparação com o mês anterior, após a alta de 0,9% em fevereiro, já descontados os fatores sazonais, informou o Departamento do Trabalho. Analistas previam alta de 1,1% em março.
Flávio Serrano, head de análise macroeconômica da Greenbay Investimentos, acredita que o mercado foi surpreendido com o resultado de PPI mais pressionado.
“O Indice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado ontem, com desaceleração de automóveis e aluguéis, o que fez com que a curva caísse”, diz. “O dado de atividade veio um pouco mais forte hoje, o que fez com que as curvas subissem lá fora”, completa.
A Bolsa opera com alta seguindo exterior favorável e impulsionada pelas ações da Petrobras com a elevação do petróleo e expectativa para a Assembleia Geral Ordinária (AGO), que deve nomear o novo conselho da estatal.
As vendas no varejo divulgadas mais cedo também favorecem o índice e o setor de empresas varejistas na B3. Às 12h47 (horário de Brasília), o principal índice da B3 aumentava 0,28%, aos 116.479,20 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril perdia 0,03%, aos 116.510 pontos. O giro financeiro era de R$ 11,3 bilhões. Em Nova York, as bolsas tinham alta. As vendas no varejo subiram 1,1% em fevereiro na comparação mensal e 1,3% em relação ao mesmo período de 2021.
As ações do setor como Americanas SA (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) registram alta de 3,20%, 1,84% e 0,26%. Os papéis do Iguatemi (IGTI11) subiam 1,71%. As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiam 2,12% e 1,74%.
Maurício Carlos Machado Jr, head de renda variável da Speed Invest, comentou que a alta moderada da Bolsa é atribuída à Petrobras e o comércio varejista. “A Petrobras segue o preço do petróleo-subia mais de 2%, acima dos US$107 o barril- e com a expectativa da assembleia dos acionistas de hoje e as vendas no varejo, que superaram as expectativas pela segunda vez, ajudam no movimento positivo do índice”.
O dólar virou e passou a operar em alta, ainda sem rumo definido. Isso reflete a alta do Indice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que subiu 1,4% em março ante fevereiro. A previsão era de 1,1%. Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o cenário atual é que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fique mais hawkish (austero) e o Banco Central (BC) mais dovish (favorável à diminuição dos juros), e isso é ruim para o real, mas não é algo preocupante”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 116.535 pontos (+0,33%)
DÓLAR À VISTA: R$ 4,6830 (+0,17%)
DI JAN 2023: 13,055% (-0,03%)
DI JAN 2027: 11,685% (+0,08%)
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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