O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão da última sexta-feira (26) em leve alta de 0,10%, aos 145.446,66 pontos.
O desempenho tímido do índice é atribuído principalmente ao movimento de realização de lucros após uma semana de recordes de fechamento.
Entre as ações de maior peso no Ibovespa, Petrobras encerrou a sessão em queda de 0,63% (ON) e 0,34% (PN); enquanto a Vale (-1,92%) teve um dos piores desempenhos da sessão, ao lado de Braskem (-14,81%) e MRV (-2,01%).
Já o setor financeiro ajudou a sustentar a alta do índice, com destaque para Santander (Unit), que valorizou 2,31% no pregão.
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No mercado internacional, a semana inicia com expectativa para dados do mercado de trabalho no Brasil e nos Estados Unidos.
Para os Estados Unidos, o payroll de setembro pode ser decisivo para formar unanimidade para um novo corte de 25 pbs na próxima reunião do Federal Reserve (Fed).
A divulgação desses e outros dados importantes, no entanto, pode ser comprometida pela ameaça de paralisação do governo dos EUA.
Já no Brasil, dados do IBGE e do Caged devem contribuir para a posição de cautela do Banco Central na próxima decisão de política monetária.
No cenário político, a Câmara deve votar nesta quarta-feira (1) o projeto de isenção do Importo de Renda (IR), em meio à pressão para aprovação do projeto de anistia e expectativas para a provável reunião entre Donald Trump e o presidente Lula, no radar desde a Assembleia da ONU.
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Manchetes desta manhã
- Compra de empresas com ações em bolsa ganha força (Valor)
- Fachin assume presidência do STF e sinaliza contenção da Corte (O Globo)
- Cresce número de servidores temporários na maquina pública (Estadão)
- Emendas parlamentares viram recurso complementar para universidades públicas (Folha)
- Empresas buscam ‘IPO reverso’ para chegar à bolsa (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa acompanham o tom positivo dos mercados na Ásia e nos EUA, em meio a dados e notícias corporativas.
A AstraZeneca sobe 1,03% em meio ao planejamento de listagem em NY, substituindo sua atual estrutura de ADRs e a GSK valoriza 2,85% com a troca da CEO Emma Walmsley por Luke Miels.
A Bolsa de Paris sobe impulsionada pelas ações de luxo e abertura da Semana de Moda de Paris, com a Hermès liderando o setor (+1,6%), seguida pela Kering (+1,4%) e LVMH (+0,8%).
No cenário político, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu descartou a reintrodução de um imposto sobre a riqueza ou a reversão da impopular reforma da previdência, enquanto de outro lado o mercado aguarda a reunião entre Netanyahu e Trump.
Na Ásia, as bolsas de valores iniciaram a semana de forma mista, com viés altista em quase todas as praças. As bolsas chinesas tiveram forte desempenho com Xangai em alta de 0,90% e Shenzhen de 2,05%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou com valorização de 1,89% e na Coreia do Sul, que eliminou vistos para turistas chineses, o índice Kospi fechou em alta de 1,60%. Na contramão, o índice Nikkei perdeu 0,69% e o Taiex ficou no negativo com -1,70%.
Em Nova York, os índices futuros operam em alta enquanto o mercado avalia o risco de uma paralisação do governo dos EUA.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,6%
•FTSE 100 +0,7%
•CAC 40 +0,2%
•Nikkei 225 -0,7%
•Hang Seng +1,9%
•Shanghai SE Comp. +0,9%
•MSCI World +0,1%
•MSCI EM +1%
•Bitcoin +1,3% a US$ 112259,94
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Commodities
- Petróleo: cai com o Curdistão do Iraque retomando exportações via Turquia no fim de semana, além dos planos da OPEP+ para outro aumento na produção em novembro.
O Brent/nov cai 1,57%, cotado a US$ 69,03 e o WTI/nov cede 1,93%, a US$ 64,45 - Minério de ferro: fechou em queda de 1,57% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,13/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 0,34%, cotados a US$ 103,25/ton e o mercado à vista recua 0,02%, cotado a US$ 105,30/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o presidente Donald Trump deve se encontrar nesta segunda-feira com líderes do Senado americano, um dia antes de uma nova votação para estender o financiamento federal.
A proposta garante recursos apenas até meados de novembro e precisa ser aprovada antes de 1º de outubro para evitar a paralisação.
Na agenda desta segunda-feira (29) também estão previstos os discursos de dirigentes do Fed, como Christopher Waller, às 8h30, e a presidente da instituição de Cleveland, Beth Hammack, às 9h.
Hammack disse à CNBC que o Fed enfrenta desafios ao tentar equilibrar o combate à inflação persistente ou a proteção de empregos.
Ainda hoje, às 14h30, John Williams, presidente do Fed de Nova York, fala sobre política monetária e o dia encerra com o discurso de Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, às 19h.
Em geopolítica, Trump recebe hoje Netanyahu na Casa Branca para discutir um plano de paz em Gaza. A reunião ocorre em meio ao crescente isolamento diplomático de Israel, após Reino Unido, França, Canadá e Austrália reconhecerem o Estado palestino.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda inicia com o tradicional Boletim Focus e segue repleta de indicadores econômicos importantes, como o IGP-M de setembro e o relatório de emprego Caged, às 14h30.
Durante a semana, destaque para a taxa nacional de desemprego (Pnad contínua) nesta terça-feira (30) e produção industrial de agosto na sexta-feira (3).
O Banco Central lançará hoje oficialmente a pesquisa Firmus, que coleta projeções e perspectivas de empresas não-financeiras sobre o cenário econômico. A divulgação será às 9h, com abertura pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, às 10h.
Na agenda política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa, às 9h, de evento de Macroeconomia do Itaú em São Paulo, bem como o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, às 11h.
Logo mais tarde, às 16h, o presidente Lula participa, da sessão solene de posse dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes como presidente e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Destaques no mercado corporativo
- Braskem: teve suas as notas de crédito rebaixadas pelas agências de rating Fitch e S&P após anúncio da companhia sobre problemas na estrutura de capital.
- Eletronorte: aprovou emissão de R$ 700 milhões em debêntures.
- ANP: interditou a refinaria Refit em desdobramento de operações.
- Klabin: recebeu R$ 600 milhões em operação imobiliária no PR e SC, com participação do Itaú Unibanco.
- Nubank: contratou Michael Rihani, ex-Coinbase, Apple, Cash App e Tesla, para liderar sua área de criptoativos.
- Toyota: A montadora fecha acordo com sindicatos para um programa de layoff (dispensa temporária) após um temporal paralisar a produção de motores em Porto Feliz (SP).