O dólar fechou esta segunda-feira (29) em queda de 0,30%, a R$ 5,32. O movimento no mercado local foi novamente guiado pelo cenário externo. Investidores acompanham o impasse no Congresso dos Estados Unidos, que pode resultar na paralisação do governo a partir desta semana.
O chamado shutdown pode suspender a divulgação de indicadores econômicos, incluindo o relatório de emprego (payroll) de setembro, previsto para sexta-feira (3).
Além disso, seguem as apostas em novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Atualmente, a taxa básica americana está entre 4% e 4,25%, e a expectativa do mercado é que chegue ao intervalo de 3,50% a 3,75% ainda neste ciclo.
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No mês, o dólar acumula desvalorização de 1,84%. No ano, a queda frente ao real já soma 13,88%.
Real tem melhor desempenho entre emergentes
O real apresentou desempenho superior ao de outras moedas emergentes, principalmente as latino-americanas. Dois fatores foram apontados por operadores:
- O otimismo em torno do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump;
- O discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Galípolo reforçou a manutenção da Selic em 15% até, pelo menos, o início de 2026. Esse nível elevado de juros favorece operações de carry trade, quando investidores internacionais aplicam em ativos de países com taxas mais altas para obter ganhos financeiros.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostraram resultado abaixo do esperado na criação de empregos formais em agosto, não afetaram a cotação do dólar.
Dólar no exterior
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, recuou levemente, ficando abaixo de 98 mil pontos. Apesar disso, no acumulado de setembro o índice mostra avanço de apenas 0,30%, e no ano, queda de 9%. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Entre as principais divisas, o destaque foi o iene, que avançou mais de 0,60% após sinalização do Banco do Japão de que pode elevar juros.
Apesar da queda de mais de 3% no preço do petróleo, a maioria das moedas emergentes se valorizou diante da perspectiva de aumento da oferta e de um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza.