O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão desta terça-feira (30) em leve queda de 0,07%, aos 146.237 pontos, após bater novo recorde intradia (147.578 pontos), enquanto o mercado acompanhava a iminência de shutdown nos Estados Unidos.
O desempenho do índice foi atribuído a um movimento de correção após atingir níveis máximos durante a sessão e nos dias anteriores. No entanto, no mês, o Ibovespa acumula alta de 3,40%, registrando o melhor mês de setembro desde 2019. No ano, o índice sobe 21,58%.
Em destaque no Ibovespa, Petrobras fechou em queda de 1,57% (ON) e 1,10% (PN), acompanhando a forte queda do petróleo devido a rumores de aumento da oferta pela Opep+.
Por outro lado, a Vale encerrou a sessão com uma valorização de 0,52%; enquanto o setor financeiro teve desempenho misto, com destaque para Bradesco, que encerrou com ganho de 1,20% (ON).
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No mercado internacional o mês inicia com a notícia de shutdown nos Estados Unidos. O governo paralisou após o Congresso não aprovar o projeto orçamentário para prorrogação do financiamento federal destinado a programas de assistência médica que estão prestes a expirar.
Esta é a 15ª paralisação do governo norte-americano desde 1981, suspendendo uma série de serviços públicos por tempo indeterminado ou até que o pacote de gastos seja aprovado. Serviços essenciais como os de saúde, emergência e segurança pública seguem funcionando normalmente.
No Brasil, a pauta do dia é votação do projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil, considerado a carta na manga do governo Lula para melhorar sua aprovação e adesão de novos simpatizantes para as próximas eleições presidenciais, em busca da reeleição.
Repercute também a pesquisa PoderData, que mostra uma melhora na aprovação do governo Lula. Agora, 38% consideram o governo melhor, enquanto em maio, 45% dos eleitores aprovavam o governo atual ante o de Bolsonaro.
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Manchetes desta manhã
- Governo dos EUA está paralisado a partir desta quarta-feira (Valor)
- PF vai investigar morte por bebidas com metanol e suposto elo com crime (Folha)
- Isenção do IR: Deputados concordam com a bondade, mas divergem sobre quem paga a conta (O Globo)
- Bets consultarão CPF de apostador para bloquear beneficiários de Bolsa Família e BPC em até 3 dias (Estadão)
- MP pode manter isenções para títulos do agronegócio e imobiliários (Valor)
- Justiça dá prazo de 30 dias para Oi evitar liquidação (Valor)
Mercado global avalia efeitos do shutdown nos EUA
As Bolsas da Europa se recuperam com impulso do setor farmacêutico, que teve certo alívio em relação às tarifas após um acordo entre a Pfizer e o governo Trump.
Agora, a preocupação se move para a paralisação do governo dos EUA. No setor coportativo, os bancos caem após um membro mexicano do conselho do Sabadell aceitar a oferta de aquisição do BBVA.
Na zona do euro, a inflação subiu para 2,2% em setembro, reforçando a cautela do Banco Central Europeu (BCE) em relação à próxima decisão sobre os juros.
Na Ásia, os índices iniciaram outubro com desempenho misto. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,84% com investidores mirando o shutdown nos EUA, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi registrou alta de 0,91%.
Na China, os mercados ficaram fechados devido ao início da Golden Week, feriado local que fecha os mercados durante uma semana, afetando os negócios com commodities, enquanto a Opep+ reúne-se para discutir sobre a oferta de petróleo.
Dados sobre a atividade industrial na Ásia levantaram preocupações sobre a demanda por combustível, após mostrarem contração da atividade manufatureira.
Mesmo com os mercados fechados, o Banco Popular da China (PBoC) anunciou uma operação de compra reversa de cerca de US$ 160 milhões para o dia 9 para aumentar a liquidez e estimular o consumo e investimentos.
Em Nova York, os índices futuros operam em queda significativa após a paralisação do governo dos EUA.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,6%
• FTSE 100 +0,7%
• CAC 40 +0,4%
• Nikkei 225 -0,8%
• Hang Seng +0,9%
• Shanghai SE Comp. +0,5%
• MSCI World estável
• MSCI EM +0,5%
• Bitcoin +1,4% a US$ 116258,94
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Commodities
- Petróleo: os preços se estabilizaram hoje após caírem por dois dias, com os investidores avaliando os planos da Opep+ e dados dos EUA e da Ásia.
O cartel negou a notícia de que poderia elevar a produção em até 500 mil bpd em novembro, o triplo de outubro. A produção recorde de petróleo dos EUA aciona alguma cautela antes dos números oficiais do DoE.
O Brent para dezembro recua 0,20%, cotado a US$ 65,90 e o WTI para novembro cai 0,22%, a US$ 62,23 - Minério de ferro: mercado está fechado no porto de Dalian, em razão da Golden Week (feriado de uma semana) na China.
Em Singapura, os contratos futuros estão estáveis, cotados a US$ 103,55/ton e o mercado à vista tem leve queda de 0,10%, cotado a US$ 103,75/ton.
Cenário internacional é de cautela em meio aos impactos do shutdown
Nos EUA, a paralização do governo adiciona incerteza ao cenário político, fiscal e afeta a agenda econômica, podendo comprometer a divulgação de dados importantes, como a do payroll, previsto para esta sexta-feira (3).
Desde 1981, os EUA enfrentaram 15 paralisações, a maioria de curta duração. No entanto, em 2013, durante o governo Obama, o shutdown durou 16 dias e, em 2019, na primeira administração Trump, a paralização foi de 35 dias.
A agenda econômica de hoje ainda está garantida, com a divulgação da pesquisa ADP, às 9h15, com expectativa de criação de 52 mil vagas de trabalho no setor privado. Para hoje também está previsto o ISM de setembro, às 11h.
Cenário nacional acompanha votação do projeto de IR
No Brasil, enquanto o mercado acompanha os desdobramentos do shutdown nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados vota hoje o projeto que isenta do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, medida que deve beneficiar mais de 10 milhões de brasileiros.
Nesta terça-feira, o plenário do Senado também aprovou o projeto de lei que finaliza a regulamentação da reforma tributária do consumo. Agora, o texto volta para a Câmara.
Entre os indicadores econômicos mais relevantes do dia, destaque para a divulgação do PMI industrial, às 10h.
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Destaques no mercado corporativo
- PetroReconcavo: concluiu a compra de 50% dos ativos da Brava Energia no Rio Grande do Norte.
- Americanas: aceitou oferta para venda da Uni.Co por R$ 152,9 milhões.
- Dasa: vendeu duas subsidiárias por R$ 704,8 milhões.
- BRB: anunciou a renúncia do conselheiro independente Hugo Ferreira Braga Tadeu, cujo mandato iria até 2026.
- Petrobras: Firmou contrato de R$ 2,3 bilhões com Elea Data Centers para hospedagem de supercomputadores por 17 anos.
- RD Saúde: Aprovou pagamento de R$ 140,7 milhões em JCP (R$ 0,0821 por ação), com pagamento até maio/2026.
- Oi: a Justiça do Rio de Janeiro afastou a diretoria e o conselho da empresa, nomeando um administrador judicial e iniciando o processo de liquidação dos ativos.