A Caixa Econômica Federal anunciou que voltou a financiar até 80% do valor dos imóveis no Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as parcelas começam mais altas e diminuem com o tempo.
A mudança marca o retorno das condições anteriores a novembro de 2024, quando o limite havia sido reduzido para 70%.
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O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10), durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que pretende ampliar o acesso à casa própria para a classe média.
Nova fase do crédito imobiliário
O novo modelo prevê a liberação total dos depósitos compulsórios da poupança, permitindo maior volume de recursos para financiamentos residenciais.
Segundo o presidente da Caixa, Carlos Vieira, a medida foi viabilizada por mudanças nas regras de uso do FGTS e da poupança, o que aumentou a capacidade de crédito da instituição.
De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, o novo formato deve permitir o financiamento de 80 mil unidades adicionais até o fim de 2026, injetando R$ 20 bilhões em novos contratos imobiliários.
Ajuste no teto do SFH
O pacote também traz o reajuste do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) — que permite o uso do FGTS na compra de imóveis. O valor máximo, congelado desde 2018 em R$ 1,5 milhão, passa para R$ 2,25 milhões, acompanhando a alta dos preços do setor.
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Segundo Vieira, as medidas devem estimular a construção civil, um dos principais setores geradores de emprego e renda no país.
O presidente da Caixa afirmou que a instituição será a principal operadora do novo modelo, em fase de testes até 2026, com implementação plena em 2027.
Meta da Caixa é ampliar acesso e reduzir custos
Hoje, 65% dos recursos da poupança precisam ser destinados a crédito imobiliário. Com o novo modelo, a meta é elevar esse percentual para 80% ao longo de dez anos, o que deve aumentar a oferta de crédito e reduzir o custo dos financiamentos.
O novo modelo do SFH também estabelece limite de juros de 12% ao ano e busca equilibrar três desafios: a alta demanda por imóveis, os saques da poupança e o impacto dos juros elevados na capacidade de financiamento dos bancos.