O dólar fechou esta segunda-feira (20) em queda de 0,64%, a R$ 5,37. O movimento foi sustentado pelo otimismo em torno das negociações comerciais entre China e EUA, o que aumentou a procura por ativos de risco e favoreceu moedas de países emergentes e exportadores de commodities.
Operadores do mercado relataram entrada de capital estrangeiro tanto na bolsa brasileira quanto na renda fixa. Esse fluxo é impulsionado pela expectativa de maior atratividade do carry trade — estratégia em que investidores se aproveitam da diferença entre juros de diferentes países.
Com a perspectiva de novos cortes de juros nos EUA, o diferencial entre as taxas americanas e brasileiras tende a aumentar, tornando o real mais atrativo.
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Em entrevista ao Broadcast, a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, explica que a melhora no apetite ao risco está relacionada tanto à expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) quanto à retomada das conversas entre EUA e China. “Além disso, o fim do shutdown trouxe alívio adicional aos mercados”, afirma.
Em nova rodada de declarações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve o tom de pressão sobre a China, afirmando que o país asiático pode enfrentar tarifas de até 155% se não houver acordo até 1º de novembro. Ainda assim, ele ponderou que espera se encontrar com o presidente Xi Jinping e alcançar um entendimento.
Economia chinesa mostra sinais de recuperação
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024, superando levemente as expectativas do mercado, de 4,7%. De janeiro a setembro, o avanço foi de 5,2%, alinhado à meta oficial do governo.
Dados de produção industrial e vendas no varejo em setembro também vieram acima das projeções, o que ajudou a reforçar a confiança dos investidores em países exportadores de commodities, como o Brasil.
Dólar sobe no exterior; peso colombiano recua
Apesar da valorização das moedas emergentes, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — subia 0,18% no fim da tarde, a 98,600 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Entre as divisas da região, o peso colombiano foi destaque negativo, com queda de quase 1,50%, após críticas de Trump ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro.









