O dólar à vista iniciou a semana com valorização sólida no mercado doméstico de câmbio, impulsionado pelo avanço das taxas dos Treasuries e pelo fortalecimento global da moeda americana.
Já em alta global, a moeda superou rapidamente o nível de R$ 5,05, atingindo R$ 5,0805 durante a tarde, impulsionado pelo avanço das taxas da T-note de 10 e 30 anos. Ao fechar o pregão, a moeda apresentava um aumento de 0,79%, negociada a R$ 5,0667, mantendo-se nos maiores níveis desde maio.
Taxas e PMIs nos EUA
A performance do dólar neste início de semana reflete o aumento das taxas dos Treasuries, principalmente após leituras acima do esperado nos índices gerentes de compras (PMIs) industriais nos Estados Unidos em setembro. Esses indicadores elevaram as chances de uma nova alta da taxa básica pelo Federal Reserve, sinalizando um cenário de juros mais altos nos EUA por um período prolongado.
Contrato de dólar futuro com giro expressivo
O contrato de dólar futuro para novembro teve um giro expressivo, movimentando mais de US$ 14 bilhões, indicando uma segunda-feira movimentada no mercado financeiro.
Real se destaca entre pares latino-americanos
Surpreendentemente, o real não liderou as perdas entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Em contraste, o peso colombiano e o peso mexicano apresentaram quedas de 2% e 1,5%, respectivamente.
Índice DXY toca 107.000 pontos devido a ganhos contra o Euro
O índice DXY, referência do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, atingiu novamente os 107.000 pontos, impulsionado pelos ganhos do dólar em relação ao euro.
Treasuries em alta e petróleo em queda
As taxas dos Treasuries avançaram de maneira abrangente, com o retorno da T-note de 10 anos atingindo 4,70%, o maior nível desde outubro de 2007. Em contrapartida, as cotações do petróleo, especialmente o tipo Brent, recuaram 1,62%, cotado a US$ 90,71 o barril, às vésperas da reunião da Opep+.
Balança comercial brasileira registra superávit recorde em setembro
No âmbito doméstico, a Secex informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,904 bilhões em setembro, um recorde para o mês. Apesar do resultado abaixo da mediana esperada, o superávit acumulado no ano é de US$ 71,309 bilhões, levando o governo a revisar a projeção para US$ 93 bilhões.
Imagem: Piqsels