A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 216,727 bilhões em setembro, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (23). O resultado é o melhor para o mês desde 2000.
Apesar do número expressivo, o valor ficou levemente abaixo da mediana das projeções do mercado, de R$ 217,4 bilhões.
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Descontada a inflação, a arrecadação cresceu 1,43% em relação a setembro de 2024 e 3,30% frente a agosto de 2025. De janeiro a setembro, o total arrecadado chegou a R$ 2,105 trilhões, também o maior para o período em 25 anos, com aumento real de 3,49% na comparação anual.
IOF e IR impulsionam arrecadação
A Receita Federal destacou o desempenho do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que arrecadou R$ 8,455 bilhões — alta real de 33,42% em relação a setembro de 2024.
Segundo o órgão, a elevação decorre do aumento nas operações de crédito a empresas e na saída de moeda estrangeira, após mudanças recentes na legislação.
Em maio, o governo elevou as alíquotas do IOF por decreto. Apesar de o Congresso ter derrubado parte das medidas, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve parcialmente o aumento.
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O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital somou R$ 10,515 bilhões, um crescimento real de 10,21%. O avanço foi puxado pelas aplicações em renda fixa, fundos de investimento e pelo aumento expressivo de 154,6% nos Juros sobre Capital Próprio (JCP) pagos por empresas.
Receita previdenciária cresce com mercado de trabalho
A Receita Previdenciária arrecadou R$ 58,164 bilhões no mês, aumento real de 1,49%. O resultado foi influenciado pela alta de 6,66% da massa salarial e pelo crescimento de 20,9% nas compensações tributárias relacionadas a débitos previdenciários.
No acumulado do ano, a arrecadação previdenciária soma R$ 523,689 bilhões, alta real de 3,16%. A Receita cita a reoneração gradual da folha de pagamento dos municípios, prevista na Lei nº 14.973/24, como fator adicional de crescimento.
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Destaques do ano
Entre os tributos com melhor desempenho em 2025 estão o PIS e a Cofins, com arrecadação conjunta de R$ 428,564 bilhões, avanço real de 3,08%, impulsionado por instituições financeiras e pelo setor de apostas esportivas.
A receita com o Imposto de Importação (IPI) e o IPI vinculado à importação somou R$ 92,669 bilhões, aumento real de 16%. A alta foi influenciada pela desvalorização média de 7,5% do real frente ao dólar e pelo aumento de 9% na alíquota média do imposto.