A Bolsa de Valores brasileira abre a sexta-feira (24) na expectativa de uma nova alta, dando continuidade ao movimento positivo observado na véspera. O Ibovespa inicia o dia em torno de 145.700 pontos, e caminha para fechar a semana com valorização.
A análise completa sobre o desempenho da Bolsa, o cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta sexta, do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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Segundo Rocco, o desempenho do mercado está sendo impulsionado pelo avanço do preço do petróleo, que subiu fortemente após os Estados Unidos ampliarem as sanções contra a Rússia.
“O petróleo atingiu US$ 62 por barril, depois de oscilar na casa dos US$ 57 nas últimas semanas. Esse movimento beneficiou as ações da Petrobras, que voltam a ser destaque hoje com a divulgação de seu relatório trimestral e dos dados de produção”, explicou Rocco.
Cenário internacional: cautela e encontros políticos
No exterior, os investidores operam com cautela à espera do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para os próximos dias.
O mercado busca sinais sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China, que impactam diretamente o comércio global e o fluxo de commodities.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir com Donald Trump, mas, segundo Rocco, “a expectativa é de que o encontro não traga decisões concretas”.
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IPCA-15 e dados fiscais no radar da Bolsa
Nesta sexta também será divulgado o IPCA-15 de outubro, prévia da inflação oficial brasileira. O índice é acompanhado de perto por investidores porque ajuda a definir as expectativas sobre os juros básicos (Selic).
Rocco destaca que uma desaceleração da inflação pode fortalecer as apostas em um futuro ciclo de cortes de juros, em meio aos desafios fiscais do governo federal.
Na quinta-feira, o Tesouro Nacional informou que a arrecadação federal de setembro foi de R$ 216 bilhões, abaixo da projeção de R$ 217 bilhões. A diferença reforça a preocupação com o déficit fiscal, que é a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta.
Câmbio e commodities
O dólar encerrou o último pregão com queda de 0,2%, cotado a R$ 5,38. O recuo foi moderado, refletindo o comportamento cauteloso do mercado à espera de dados econômicos importantes.
O ouro e a prata recuam nesta manhã, acompanhando o aumento da volatilidade — ou seja, a variação rápida dos preços — no mercado internacional. O ouro registra queda de 1,7%, negociado em torno de US$ 4.000 a onça-troy.
Já o petróleo mantém o ritmo de valorização, sustentado pelas sanções norte-americanas à Rússia. O movimento pode reduzir a oferta global e pressionar os preços no curto prazo.
Os futuros das bolsas dos EUA indicam abertura em alta, o que tende a dar suporte ao mercado brasileiro.









