O dólar fechou esta sexta-feira (24) em leve alta de 0,12%, a R$ 5,39. A leitura mais branda da inflação ao consumidor nos Estados Unidos reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) deve promover mais dois cortes de juros até o fim do ano.
No Brasil, o destaque do dia foi o IPCA-15 de outubro, que subiu 0,18%, abaixo da mediana das projeções, de 0,24%. O resultado aumentou as apostas de que o Banco Central possa iniciar um novo ciclo de cortes na taxa Selic a partir de janeiro.
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Segundo operadores, a leve alta do dólar refletiu uma combinação de fatores: queda do petróleo, ajuste de posições e liquidez reduzida no mercado. A sessão foi marcada por movimentos típicos de fim de ano, quando há aumento nas remessas de recursos ao exterior.
Mesmo com a alta de hoje, a moeda americana acumulou queda semanal de 0,24%, mas ainda exibe valorização de 1,31% em outubro. No acumulado de 2025, o dólar recua 12,74% em relação ao real.
Déficit em conta corrente preocupa
Apesar da valorização do real, analistas apontam deterioração das contas externas. O Banco Central informou que o déficit em transações correntes atingiu US$ 9,77 bilhões em setembro — o maior valor para o mês desde o início da série histórica.
O Itaú destacou que o resultado foi pressionado pela saída de lucros e dividendos, que somaram US$ 5,4 bilhões. O Bradesco apontou o impacto da importação de uma plataforma de petróleo, que reduziu o superávit comercial.
Já a XP avalia que o déficit em conta corrente neste ano deve superar o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) — o que não ocorre desde 2015.
Dólar fica estável no exterior
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, ficou estável, permanecendo próximo dos 99 mil pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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BC intervém no câmbio com “casadão”
Nesta quinta-feira (23), o Banco Central anunciou uma operação dupla no câmbio, conhecida como “casadão”, prevista para a próxima segunda-feira (27).
A autoridade monetária vai ofertar simultaneamente US$ 1 bilhão em swaps cambiais reversos (que equivalem à compra de dólar futuro) e até US$ 1 bilhão no mercado à vista.









