O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,7 ponto em outubro na comparação com setembro, para 91,6 pontos, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado interrompe o avanço registrado no mês anterior e faz o índice retornar ao patamar de agosto. A média móvel trimestral também recuou 0,4 ponto.
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A queda foi influenciada pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que recuou 1,4 ponto e atingiu 91,5 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) manteve o mesmo nível do mês anterior, em 91,9 pontos.
Expectativas mais baixas e custos mais altos
De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da Construção do FGV IBRE, o resultado de outubro mostra que o setor não percebeu melhora significativa nas condições de negócios.
“As expectativas não sustentaram o crescimento do mês anterior. Houve uma melhora pontual na atividade recente, mas o ritmo de crescimento diminuiu ao longo do ano”, afirmou.
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Castelo destacou ainda que, na comparação com 2024, o cenário setorial piorou, com maior revés nas expectativas. “O ano caminha para fechar com menor crescimento, embora o mercado de trabalho permaneça aquecido”, avaliou.
Capacidade e limitações
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor cresceu 1,2 ponto percentual em outubro, alcançando 80%. O uso da mão de obra subiu 1,3 ponto, para 81,7%, enquanto o de máquinas e equipamentos avançou 0,5 ponto, para 74,2%.
Entre os principais fatores que limitam a melhora dos negócios, as empresas apontam a escassez de mão de obra qualificada, mesmo com a desaceleração da atividade. Também cresceram as dificuldades relacionadas a custo e crédito, refletindo um ambiente econômico mais restrito.
Construção tem confiança em baixa, mas custo em alta
Também divulgado nesta terça-feira (28), o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou alta de 0,21% em outubro, repetindo a taxa de variação observada no mês anterior.
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A taxa acumulada em 12 meses, atingiu os 6,58%. Em outubro, o grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,27% em outubro, após queda de 0,03% no mês anterior.
Ao todo, cinco (Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo) das sete cidades que compõem o índice apresentaram aceleração nas taxas. Por outro lado, Recife e Porto Alegre desaceleram em outubro, refletindo um arrefecimento nos custos de construção nessa localidade.









