O dólar encerrou a sessão desta terça-feira (28) em leve queda de 0,20%, cotado a R$ 5,36 — menor valor de fechamento em vinte dias. Ao longo do dia, a moeda chegou à mínima de R$ 5,3534.
Segundo operadores, o real se beneficiou do fluxo positivo para a Bolsa brasileira e do maior apetite ao risco no exterior, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) anuncie novo corte de juros nesta quarta-feira (29).
Além da política monetária norte-americana, investidores acompanham o possível desfecho do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30), na Coreia do Sul. O mercado espera um tom mais conciliador nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
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Apesar do movimento positivo do real, analistas destacam que a liquidez segue reduzida no mercado de câmbio, com investidores evitando grandes apostas até que haja mais clareza sobre os rumos da economia global e as discussões comerciais.
Nos Estados Unidos, a falta de divulgação de indicadores econômicos — consequência do shutdown (paralisação parcial do governo) — limita o direcionamento dos negócios.
No Brasil, o Banco Central (BC) manteve presença no mercado cambial. Nesta semana, a autoridade monetária realizou uma operação “casadão”, combinando a oferta de US$ 1 bilhão em leilão à vista e US$ 1 bilhão em swap cambial reverso (instrumento usado para conter a valorização excessiva do real).
Dólar cai no exterior
No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuava 0,08% no fim da tarde, aos 98,724 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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A moeda americana recuou frente às principais moedas, com exceção da libra esterlina, e também caiu ante a maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities.
Entre os pares do real, o peso argentino teve desvalorização superior a 2,5%, após ganhos recentes com a vitória do presidente Javier Milei nas eleições legislativas.
Fed deve cortar juros em 0,25 ponto percentual
O mercado dá como certo que o Fed reduzirá novamente a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual. O movimento tende a enfraquecer o dólar globalmente, já que juros mais baixos tornam os investimentos em dólares menos atraentes.
A expectativa é de novo corte em dezembro, o que deve ampliar o diferencial entre os juros do Brasil e dos Estados Unidos. Como o Banco Central brasileiro indicou que não deve reduzir a taxa Selic neste ano, o real tende a manter suporte mesmo com a piora do fluxo cambial de fim de ano.









