O Nubank (BDR: ROXO34), ultrapassou a Petrobras (PETR3; PETR4) em valor de mercado nesta terça-feira (28), assumindo o topo do ranking das companhias brasileiras mais valiosas.
Avaliada em US$ 76,97 bilhões, a fintech agora vale mais que a estatal (US$ 74,50 bilhões) e consolida sua posição entre os grandes players globais do setor financeiro, reflexo da expansão internacional e do avanço dos bancos digitais sobre o sistema tradicional.
Segundo o site Companies Market Cap, que acompanha as cotações das maiores empresas do mundo, o valor de mercado do Nubank chegou a US$ 77,1 bilhões, cerca de US$ 3 bilhões acima da Petrobras.
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Nubank é a segunda empresa mais valiosa da América Latina
Com o novo patamar, o Nubank passou a ocupar o posto de segunda empresa mais valiosa da América Latina, atrás apenas do Mercado Livre, avaliado em US$ 115,7 bilhões.
No ranking global, o banco digital é a 40ª maior companhia do setor financeiro, à frente de instituições tradicionais como BNY Mellon (US$ 75,62 bilhões), Barclays (US$ 75,05 bilhões) e US Bancorp (US$ 73,55 bilhões).
Além de superar a Petrobras, o Nubank também ultrapassou o Itaú, avaliado em US$ 73,1 bilhões, a Vale, com US$ 52,5 bilhões, e o BTG Pactual, de US$ 34,24 bilhões.
Ações do Nubank sobem mais de 50% no ano
As ações do Nubank, listadas na Nasdaq sob o código NU, fecharam em leve baixa de 0,44%, cotadas a US$ 15,93 nesta terça-feira (28). Mesmo assim, acumulam uma valorização de 53,7% no ano, próximas do recorde de US$ 16,30 alcançado em 22 de setembro.
Em relatório recente, o J.P. Morgan afirmou que o Nubank poderia atingir um valuation de US$ 140 bilhões caso fosse negociado com múltiplos semelhantes aos de fintechs norte-americanas como Chime, SoFi e Affirm.
Fintech só perde em clientes para Bradesco e Caixa
Segundo o Banco Central, o Nubank conta com 109,3 milhões de clientes, entre pessoas físicas e jurídicas. O número o coloca na terceira posição entre as maiores instituições financeiras do país, atrás do Bradesco (110,4 milhões) e da Caixa Econômica Federal (157,4 milhões).
No exterior, o banco segue em expansão para o México e os Estados Unidos. Recentemente, anunciou ter superado 13 milhões de clientes no México.
Além disso, protocolou junto ao Office of the Comptroller of the Currency (OCC), o escritório do controlador da moeda nos EUA, um pedido de licença para operar como banco nacional no país.
Expectativas para o balanço do terceiro trimestre
A divulgação do balanço do Nubank referente aos resultados do terceiro trimestre está prevista para 13 de novembro, após o fechamento do mercado.
Analistas de sell-side (aqueles que publicam recomendações de investimento) estimam que o Nubank deve lucrar US$ 723 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões no câmbio atual).
A expectativa é de que a inadimplência permaneça sob controle, com melhora da margem financeira e crescimento da carteira de crédito.
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Segundo analistas, devem ganhar destaque na teleconferência da empresa temas como a expansão internacional, o cronograma para atingir o breakeven no México e a projeção de qualidade dos ativos até 2026.
Um relatório do Citi, divulgado na semana passada, prevê lucro de US$ 759 milhões para o trimestre, enquanto o consenso de mercado é de US$ 768 milhões.
Para o banco, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) deve alcançar 30,5%, segundo estimativa do analista Gustavo Schroden.









