A Hypera (HYPE3) registrou lucro líquido de R$ 456,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro das operações continuadas foi de R$ 453,9 milhões, alta de 22,6% na comparação anual.
Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia somou R$ 2,227 bilhões, representando um aumento de 16,3% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
O Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, indicador usado para medir o desempenho operacional — das operações continuadas totalizou R$ 756,2 milhões, avanço de 34,7% na comparação anual.
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A dívida líquida pós-hedge da Hypera alcançou R$ 7,268 bilhões ao fim de setembro, uma redução de 4,5% em relação ao segundo trimestre de 2025, o equivalente a R$ 345,8 milhões.
A alavancagem — relação entre dívida líquida e Ebitda — foi de 2,4 vezes, indicando que a empresa manteve um nível de endividamento considerado administrável em relação à sua geração de caixa.
BTG destaca geração de caixa e eficiência operacional da Hypera
Os resultados da Hypera ficaram ligeiramente acima das estimativas do BTG Pactual, que destacou a geração saudável de fluxo de caixa livre (FCF) como principal ponto positivo. Segundo os analistas, a dívida líquida caiu 5% na comparação trimestral, enquanto a receita líquida cresceu 16% em linha com as previsões.
O lucro bruto atingiu R$ 1,36 bilhão, dentro das expectativas, e as despesas administrativas recuaram 14% em um ano. O Ebitda de R$ 756 milhões superou em 4% a estimativa do BTG, com margem de 34%, um avanço de 30 pontos-base.
O banco destacou ainda que, com a conclusão do processo de otimização de capital de giro iniciado em 2024, a Hypera se beneficiou de uma comparabilidade favorável e mostrou melhora também em relação ao trimestre anterior.
As vendas no varejo aumentaram 8,3% na comparação anual, conforme esperado. O BTG manteve recomendação neutra para as ações da Hypera, com preço-alvo de R$ 28, indicando potencial de valorização de 20% sobre o último fechamento.
Citi vê fluxo de caixa forte, mas alerta para riscos fiscais
O Citi classificou o balanço da Hypera como “decente”, com Ebitda ajustado de R$ 753 milhões, em linha com suas projeções, e fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE) robusto de R$ 390 milhões.
O banco destacou que as vendas sell-out (ao consumidor final) cresceram 8,3%, acima da projeção do Citi (7,5%) e do mercado (6,4%), mas abaixo da média do setor, de 14%, conforme o Sindusfarma.
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Apesar de descontos promocionais 13% maiores, a margem bruta se manteve próxima das estimativas, sustentada por um mix de produtos de maior rentabilidade e pela normalização do sell-in (vendas para o varejo).
O Citi calcula que, excluindo ganhos não recorrentes e equivalência patrimonial, o Ebitda ficou 4% abaixo do esperado, mas o lucro recorrente foi 9% superior, impulsionado por menores despesas financeiras.
Para o banco, o forte fluxo de caixa e a melhora das vendas podem gerar reação positiva do mercado, embora ainda veja riscos ligados à sustentabilidade dos benefícios fiscais da Lei do Bem e à redução das visitas médicas — fatores que contribuíram para o lucro no trimestre.
A instituição manteve recomendação neutra/alto risco para os papéis, com preço-alvo de R$ 26, o que implica potencial de alta de 11,4%.
 
			 
					









