O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira (29), em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,0268. O movimento acompanhou a tendência de baixa da moeda americana no exterior, impulsionada pela leitura mais benigna da inflação nos EUA e pelo alívio nas cotações internacionais do petróleo. Pela manhã, a moeda chegou a operar abaixo de R$ 5,00, atingindo a mínima de R$ 4,9884, influenciada pelo recuo dos juros longos americanos.
No cenário internacional, as taxas dos Treasuries de 10 e 30 anos tiveram um aumento pontual à tarde, após a Câmara dos Representantes rejeitar uma proposta orçamentária, impactando o mercado cambial. A declaração do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, reforçando a perspectiva de juros elevados por mais tempo, também influenciou a movimentação do dólar.
Disputa pela Ptax e rotação de posições
Operadores observaram que a disputa pela formação da última taxa Ptax de setembro e o movimento de rolagem de posições futuras no fim do mês foram fatores secundários na formação da taxa de câmbio. O dólar futuro para novembro, o contrato mais líquido a partir de hoje, movimentou expressivos US$ 17 bilhões.
Semana em revisão e perspectivas
Apesar do recuo de hoje, o dólar à vista encerra a semana em alta de 1,91%, acumulando uma valorização de 1,53% no mês. Com a escalada das taxas dos Treasuries e o fortalecimento global do dólar, moedas de países emergentes e exportadores de commodities amargam perdas.
Imagem: Piqsels