A Copasa (CSMG3), companhia estadual de saneamento de Minas Gerais, registrou lucro líquido de R$ 360,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 2% em relação ao mesmo período em 2024, quando havia somado R$ 368,3 milhões.
A receita líquida com os serviços de água, esgoto e resíduos sólidos somou R$ 1,84 bilhão, alta de 3,4% na comparação anual. Os custos e despesas operacionais, sem considerar depreciações e amortizações, totalizaram R$ 1,06 bilhão, com crescimento de 4,6%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou praticamente estável, em R$ 726,9 milhões, frente a R$ 725,7 milhões no terceiro trimestre de 2024. A margem Ebitda foi de 39,3%, ante 40,5% um ano antes.
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A dívida líquida da Copasa atingiu R$ 6,06 bilhões em setembro de 2025, com relação Dívida Líquida/Ebitda de 2,1 vezes, indicador usado para medir a capacidade de pagamento da empresa.
De janeiro a setembro, os investimentos consolidados somaram R$ 2 bilhões, crescimento de 26% em relação ao mesmo período de 2024. Os recursos foram aplicados principalmente em expansão da infraestrutura de água e esgoto.
Operação e indicadores da Copasa
O número de unidades consumidoras de água chegou a 5,76 milhões e o de esgoto, a 4,24 milhões, ambos superiores aos de um ano antes. O volume medido de água foi de 172,6 milhões de m³, e o de esgoto, 119,5 milhões de m³.
A inadimplência — proporção de contas vencidas entre 90 e 359 dias sobre o total faturado em 12 meses — ficou em 3,01%, levemente acima dos 2,97% registrados em setembro de 2024.
O índice de perdas na distribuição caiu para 37,3%, contra 38,4% no ano anterior, enquanto o indicador de empregados por mil ligações passou de 1,23 para 1,19. O nível dos reservatórios do Sistema Paraopeba estava em 54% da capacidade no fim de setembro.
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Dividendos e retorno ao acionista
A Copasa informou que o payout — percentual do lucro líquido distribuído aos acionistas — será de 50% em 2025. Os dividendos regulares referentes ao exercício (janeiro a setembro) somaram R$ 514,6 milhões, sendo R$ 447,3 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 67,2 milhões em dividendos.
O Juros sobre Capital Próprio (JCP) é uma forma de remuneração das empresas aos acionistas. Ao contrário dos dividendos, o JCP é registrado como despesa financeira, o que permite dedução fiscal para a companhia. Para o investidor, o valor é tributado na fonte, com alíquota de 15% de Imposto de Renda.









