O BTG Pactual realizou duas alterações na Carteira Recomendada 10SIM (10 melhores ações) para outubro nesta última segunda-feira (3). Foram incluídas Direcional (DIRR3) e Equatorial (EQTL3), substituindo Vibra (VBBR3) e Energisa (ENGI11), respectivamente.
Para o banco de investimentos, a combinação da queda das taxas de juros nos EUA e da esperada flexibilização monetária no Brasil em janeiro deve impulsionar os mercados de ações nos próximos meses. A projeção é de corte de 3 pontos percentuais na taxa Selic, levando-a para 12% ao final de 2026.
O movimento tende a beneficiar os resultados das companhias, especialmente por reduzir despesas financeiras e estimular a atividade econômica. Esse cenário, segundo o BTG, deve dar suporte às ações brasileiras, mesmo diante da desaceleração da economia.
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A Carteira desde mês contém as seguintes empresas:
- Nubank (ROXO34) com 10%;
- Itaú Unibanco (ITUB4) com 10%;
- Rede D’Or (RDOR3) com 10%;
- Embraer (EMBR3) com 10%;
- Equatorial (EQTL3) com 10%;
- Localiza (RENT3) com 10%;
- Copel (CPFL6) com 10%;
- Smart Fit (SMFT3) com 10%;
- Cyrela (CYRE3) com 10%;
- Direcional (DIRR3) com 5%.

Mudanças na Carteira Recomendada
Pensando neste cenário, a construtora Direcional (DIRR3) passou a integrar o portfólio, substituindo a distribuidora de combustíveis Vibra (VBBR3). O banco espera que a Direcional anuncie dividendos extraordinários nos próximos meses, com um rendimento estimado (dividend yield) de 13%.
Além disso, o setor de construção civil popular vem sendo beneficiado pela melhora nos programas habitacionais. Com a mudança, 15% da carteira está agora alocada em construtoras — 10% em Cyrela e 5% em Direcional.
O BTG também aumentou a exposição ao setor de serviços básicos, que agora representa 25% da carteira. A Equatorial (EQTL3) retornou ao portfólio com peso de 15%, substituindo a Energisa (ENGI11).
Desempenho da Carteira Recomendada
Em outubro, a Carteira Recomendada 10SIM teve alta de 1,5%, ficando abaixo do Ibovespa (2,3%), principal índice da Bolsa brasileira, e do índice IBrX-50 (2,1%).
Em 2025, o portfólio acumula alta de 33,8%, mantendo desempenho superior ao do Ibovespa (24,3%) e do IBrX-50 (22,5%). A taxa do CDI subiu 11,8% no período.
Desde a gestão iniciada por Carlos E. Sequeira em 2009, a carteira registra um ganho acumulado de 532,8%, também superando a valorização do Ibovespa (143,1%) e do IBrX-50 (188,5%). Veja abaixo:

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Inflação desacelera e abre espaço para cortes no Brasil
Os dados de inflação no Brasil seguem mostrando desaceleração. As projeções do BTG indicam que o índice deve fechar 2025 em 4,5% e 2026 em 4,3%. Essa tendência reforça a expectativa de que o Banco Central (BC) inicie o ciclo de cortes de juros no começo do próximo ano.
A redução da Selic tende a aliviar o custo do crédito, estimular a atividade econômica e, consequentemente, sustentar os lucros das empresas listadas na Bolsa.
Ações brasileiras seguem baratas
Mesmo após a recente valorização, o BTG avalia que as ações brasileiras continuam com múltiplos atrativos. O índice preço/lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses é de 9,6 vezes, excluindo Petrobras e Vale — nível inferior à média histórica de 11,9 vezes.
Quando ajustado pelas taxas reais de longo prazo, o prêmio para manter ações no Brasil está em 2,9%, próximo da média histórica de 3,1%. Para uma recuperação mais consistente, o banco destaca a necessidade de melhora nas contas públicas ou revisões positivas nas estimativas de lucros.
Cenário político mais favorável
No campo político, o relatório aponta melhora na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação subiu de 39% para 46% nos últimos meses, impulsionada pela desaceleração da inflação de alimentos e pela adoção de medidas de estímulo econômico.
Além disso, a aproximação com o governo de Donald Trump e as negociações sobre tarifas comerciais com os EUA têm contribuído para reduzir a diferença entre aprovação e desaprovação do governo, que passou de 15 para 3 pontos percentuais.
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Possível corrida por dividendos antes da tributação
O BTG também chama atenção para o avanço do projeto de lei que prevê a taxação de dividendos distribuídos a pessoas físicas. Caso aprovado pelo Senado, o novo imposto de 10% deve entrar em vigor após 2025.
Empresas que declararem dividendos referentes a lucros de anos anteriores até o fim de 2025 continuarão isentas, o que pode levar a uma onda de pagamentos extraordinários antes da mudança.
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Local: YouTube do Monitor do Mercado
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