O dólar fechou em queda de 0,69% nesta quarta-feira (5), a R$ 5,36. A desvalorização da moeda americana foi influenciada pela suspensão de tarifas comerciais da China sobre produtos dos Estados Unidos, o que reduziu tensões comerciais e favoreceu moedas emergentes.
No Brasil, o real teve um dos melhores desempenhos do dia, acompanhando o peso colombiano e o rand sul-africano. A entrada de recursos estrangeiros no mercado acionário e de renda fixa doméstica também contribuiu para o movimento.
Pela primeira vez na história, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, superou a marca dos 153 mil pontos, refletindo o otimismo dos investidores.
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Expectativa pelo comunicado do Copom
Os investidores aguardam o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a taxa Selic em 15% e sinalizar a continuidade da política monetária restritiva.
Em fala ao Broadcast, o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa, disse que o mercado operou em modo “risk-on” — termo usado para descrever momentos em que os investidores buscam ativos de maior risco em busca de retorno — após a melhora do cenário externo.
Costa destaca que a grande dúvida está no tom do comunicado do Banco Central. “O comitê pode reconhecer o enfraquecimento da atividade e a melhora das expectativas de inflação. Se houver mudança na expressão ‘por período bastante prolongado’, pode indicar um debate interno sobre o momento de iniciar o corte de juros”, afirmou.
O economista projeta o início de um ciclo de redução da Selic em janeiro de 2026, com corte de 0,50 ponto percentual.
Dólar cai levemente no exterior
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou levemente (-0,04%), mas continuou acima dos 100.000 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Fluxo cambial volta a ficar positivo
O Banco Central divulgou que o fluxo cambial em outubro foi positivo em US$ 4,784 bilhões. Na última semana do mês (27 a 31 de outubro), houve entrada líquida de US$ 5,785 bilhões, sendo US$ 3,711 bilhões pelo canal financeiro e US$ 2,074 bilhões via comércio exterior.
Mesmo com o resultado positivo em outubro, o fluxo cambial acumulado no ano ainda é negativo em US$ 12,558 bilhões. Esse saldo reflete saídas de US$ 54,274 bilhões no segmento financeiro e entradas de US$ 41,715 bilhões no comércio exterior.









