A locadora de veículos Movida (MOVI3) reportou lucro líquido de R$ 70 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2024, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (10).
O Ebitda — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — totalizou R$ 1,478 bilhão, alta de 18,5% na base anual de comparação.
A receita líquida da Movida somou R$ 3,765 bilhões, leve queda de 0,3% ante o terceiro trimestre de 2024. Do total, R$ 2,010 bilhões vieram da locação de veículos, um avanço de 15,3%, enquanto a venda de ativos (principalmente seminovos) recuou 13,6%, para R$ 1,755 bilhão.
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Em entrevista ao Broadcast, o diretor-presidente da companhia, Gustavo Moscatelli, atribuiu o resultado do trimestre ao impacto das medidas de eficiência operacional adotadas nos últimos anos.
A dívida líquida da Movida atingiu R$ 15,456 bilhões ao fim de setembro, alta de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024. O nível de alavancagem — medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado — foi de 2,7 vezes, queda de 0,4 vez na comparação anual.
A empresa encerrou o trimestre com R$ 3,3 bilhões em caixa.
Operações e desempenho da frota
No segmento de locação de curto prazo (“rent a car”), o tíquete médio foi de R$ 159, avanço de 12% frente ao ano anterior. A frota média operacional somou 92 mil carros, aumento de 5,9%.
No mercado de seminovos, a companhia vendeu 24.472 veículos, alta de 1%, com preço médio de R$ 73,4 mil, crescimento de 8,4% na comparação anual.
Expectativas da Movida para o 4º trimestre e 2026
A Movida projeta lucro líquido entre R$ 75 milhões e R$ 90 milhões no quarto trimestre, o que superaria as estimativas do mercado e representaria o melhor desempenho trimestral dos últimos três anos.
Esses valores representam um crescimento entre 21% e 45% em relação ao resultado do quarto trimestre de 2024, quando a empresa lucrou R$ 62 milhões. A expectativa para a alavancagem é entre 2,6 e 2,8 vezes, abaixo das 3 vezes observadas um ano antes.
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De acordo com Moscatelli, os resultados de outubro e dos primeiros dias de novembro indicam tendência positiva para o final de 2025.
Para 2026, a companhia pretende manter foco em eficiência operacional e disciplina financeira. O executivo avalia que a queda dos juros pode favorecer os resultados do setor, mas ressaltou que a empresa não depende desse movimento em seu planejamento.









