O dólar à vista, após uma manhã de oscilações intensas, encerrou a sessão cotado a R$ 5,0398, marcando uma queda de 0,16%. Após flertar com o nível de R$ 5,07 e atingir a máxima de R$ 5,0694, a moeda experimentou uma acomodação ao longo da tarde, operando ao redor da estabilidade. A semana, no entanto, acumula uma valorização de 2,18%.
Onda compradora se dissipa
A onda compradora que dominou as últimas três sessões e impulsionou o dólar aos maiores níveis desde maio arrefeceu hoje. A moeda norte-americana perdeu força em relação a pares e à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O principal ponto de preocupação, as taxas de juros longas dos EUA, recuaram, atingindo a T-note de 10 anos com mínima de 4,56%.
Movimentação no mercado futuro
Operadores notaram influência na formação da taxa de câmbio devido ao movimento de rolagem de posições no mercado futuro, véspera da formação da última taxa Ptax de setembro e do terceiro trimestre. O dólar futuro para outubro apresentou um giro forte, ultrapassando US$ 17 bilhões.
Destaques nas divisas latinas
Entre as divisas latinas, o destaque foi para o peso mexicano, que registrou ganhos de 0,70% em relação ao dólar, após a decisão do Banco Central do México de manter a taxa básica de juros em 11,25% ao ano.
Posicionamento do Banco Central brasileiro
No Brasil, o Banco Central reforçou a intenção de manter o ritmo de redução da taxa Selic em 0,50 ponto até o fim do ano. O presidente Roberto Campos Neto observou que a alta recente do dólar é “mais um movimento global do que local”.
Indicadores nos EUA e comportamento do petróleo
Nos EUA, indicadores divulgados pela manhã não desfizeram a visão de que a economia segue aquecida, mas tampouco surpreenderam para cima, amenizando temores de alta adicional de juros neste ano. Houve também acomodação dos preços do petróleo, que caíram mais de 1% em movimento de realização de lucros, mantendo-se acima de US$ 90 o barril.
Imagem: Piqsels