O Brasil manteve o ritmo de expansão do e-commerce em 2025 e deve fechar o ano com faturamento de R$ 234,9 bilhões, segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O país já conta com 94 milhões de compradores ativos e agora, se firma entre os dez maiores mercados digitais do mundo.
Para a ABComm, o avanço é sustentado por três pilares:
- digitalização do consumo
- maior participação das compras realizadas pelo celular (m-commerce)
- consolidação do Pix como meio de pagamento.
O método instantâneo reduziu o tempo de compensação das transações e ampliou o acesso de novos consumidores ao varejo digital.
A profissionalização logística e o crescimento dos marketplaces ampliaram o alcance das entregas em todo o território nacional. Apesar disso, o setor opera sob desafios estruturais, como a complexidade tributária e a necessidade de aumentar a eficiência operacional.
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Expansão pressiona cadeias de suprimentos
Com o aumento do volume de pedidos e da exigência por prazos curtos, a gestão de fornecedores se torna estratégica para empresas do e-commerce. Uma entrega atrasada ou falha eleva custos operacionais, aumenta o número de reclamações e afeta a experiência do cliente.
A qualificação e o monitoramento contínuo de parceiros ajudam a reduzir riscos, melhorar o controle de qualidade e evitar interrupções na cadeia de suprimentos. O avanço das práticas de ESG também pressiona empresas a reforçar critérios de compliance nos contratos com fornecedores.
Ferramentas de SRM (Supplier Relationship Management), que automatizam verificações jurídicas e operacionais, têm se tornado parte da estratégia para mitigar riscos e aumentar a eficiência.
China lidera e dita tendências globais
No cenário internacional, a China segue como principal mercado de e-commerce do mundo. No primeiro semestre de 2025, as vendas online de bens físicos no país somaram 6,12 trilhões de yuans — cerca de R$ 4,6 trilhões —, equivalentes a 24,9% do varejo chinês, segundo dados oficiais.
A combinação de infraestrutura tecnológica avançada, pagamentos digitais consolidados e integração entre conteúdo e vendas — como no live shopping — sustenta a liderança. Plataformas como Shein e Temu exemplificam o dinamismo das cadeias de suprimentos locais.
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Os Estados Unidos ocupam a segunda posição global, seguidos por Reino Unido, Japão e Coreia do Sul. Economias emergentes, como Índia e Brasil, seguem ampliando participação à medida que a penetração de internet cresce.
Tendências que moldam o setor do e-commerce
Duas tendências globais devem influenciar o e-commerce brasileiro em 2025: o social commerce e o BNPL.
O social commerce integra vendas diretamente às redes sociais, eliminando etapas da jornada de compra. Estudo da Accenture projeta que esse modelo deve movimentar US$ 1,2 trilhão até o fim de 2025.
O BNPL (Buy Now, Pay Later), que permite parcelamento sem cartão de crédito tradicional, ganha participação como solução para reduzir abandono de carrinho e ampliar o poder de compra. A Worldpay estima que o BNPL representará 15% dos pagamentos globais do setor até o fim do ano.









