As bolsas de Nova York encerraram o pregão de hoje (26) em queda, com destaque para o Nasdaq, influenciadas pelas novas máximas nas taxas de juros dos títulos longos dos Treasuries e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos manterá os juros elevados por um período prolongado.
- Dow Jones fechou o dia com uma retração de 1,14%, chegando a 33.618,62 pontos (marcando a desvalorização diária mais significativa desde março deste ano);
- S&P 500 acompanhou a tendência, encerrando o pregão com uma queda de 1,47%, atingindo 4.273,51 pontos;
- Nasdaq derreteu 1,57%, ficando em 13.063,61 pontos.
Amazon lidera quedas
A gigante do e-commerce, Amazon, foi uma das empresas mais afetadas, registrando uma queda de 4,03%. Isso aconteceu após a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTO) e 17 procuradores-gerais estaduais entrarem com uma ação judicial contra a empresa, acusando-a de práticas monopolísticas. Outras gigantes de tecnologia, conhecidas como as “sete magníficas”, também sentiram a pressão, com a Microsoft caindo 1,70% e a Alphabet, 1,94%.
Pressão sobre os bancos
Os grandes bancos também não passaram ilesos, com o Wells Fargo caindo 2,19%, o JPMorgan registrando uma retração de 1,04% e o Goldman Sachs com uma queda de 1,53%.
Montadoras também sofrem quedas
As empresas automobilísticas também enfrentaram um dia difícil, com a General Motors (GM) perdendo 2,42%, a Ford registrando uma queda de 1,19% e a Stellantis indicando uma retração de 2,08%. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante seu discurso em Michigan, apoiou um “aumento significativo” nos salários dos membros do sindicato United Auto Workers (UAW), o que pode ter impactado o setor.
Dados econômicos preocupantes
Os dados econômicos do dia também contribuíram para a pressão nos mercados. As vendas de moradias novas nos Estados Unidos recuaram 8,7% em agosto em relação a julho, muito além da queda de 2% esperada pelos analistas. Além disso, o índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board caiu de 108,7 em agosto (dado revisado) para 103,0 em setembro, agravando ainda mais a incerteza em Wall Street.
Imagem: Piqsels