A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 4,9% de novembro para dezembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O dado já considera o ajuste sazonal, que retira efeitos típicos do período, como datas comemorativas.
Com o segundo avanço consecutivo, o indicador atingiu 98,6 pontos. Na comparação com dezembro de 2024, a alta foi de 0,2%.
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Segundo a CNC, o desempenho reflete o efeito de datas como Black Friday e Natal e uma melhora na percepção do consumidor no curto prazo. Todos os sete componentes da ICF registraram crescimento:
- Momento para compra de bens duráveis: alta de 7,7%, para 66 pontos;
- Emprego atual: alta de 4,1%, para 120,2 pontos;
- Renda atual: alta de 4,4%, para 117,6 pontos;
- Nível de consumo atual: alta de 5,8%, para 86,3 pontos;
- Perspectiva profissional: alta de 2,2%, para 106,6 pontos;
- Perspectiva de consumo: alta de 5,3%, para 100,9 pontos;
- Acesso ao crédito: alta de 5,4%, para 93,9 pontos.
A propensão ao consumo cresceu entre famílias de menor e maior renda. Entre aquelas com renda mensal abaixo de 10 salários mínimos, o ICF subiu 5,1%, para 96,8 pontos. Já no grupo com renda acima de 10 salários mínimos, o indicador avançou 4,2%, para 108,8 pontos.
Confiança do empresário também cresce
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,3% em dezembro ante novembro, também com ajuste sazonal. O indicador alcançou 101,7 pontos, maior nível desde agosto, voltando à zona de otimismo — acima de 100 pontos. Na comparação anual, porém, o Icec recuou 5,9%.
Houve avanço em todos os componentes de novembro para dezembro. A avaliação das condições atuais cresceu 3,1%, com altas nos itens economia, setor e empresa. As expectativas também subiram 3,1%, enquanto as intenções de investimento tiveram elevação de 0,7%, com aumento nas intenções de investir, contratar funcionários e formar estoques.
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Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, os dados indicam uma recuperação pontual, sustentada por fatores sazonais. Segundo ele, a queda na comparação anual mostra que o ambiente macroeconômico ainda limita uma retomada mais consistente, com o custo do crédito e a trajetória dos juros como pontos de atenção.






