Quadrilhas especializadas estão modernizando o antigo golpe do caixa eletrônico, combinando dispositivos de clonagem física (o famoso “chupa-cabra”) com táticas agressivas de engenharia social em dezembro. O objetivo é travar o cartão da vítima na máquina e usar uma falsa central telefônica ou um “bom samaritano” para roubar a senha e realizar saques imediatos.
Como os criminosos adulteram o terminal de autoatendimento?
A fraude começa muito antes de você chegar à agência. Os golpistas instalam leitores falsos sobre o bocal de inserção do cartão para copiar os dados da tarja magnética. Simultaneamente, microcâmeras são escondidas em painéis falsos ou porta-folhetos apontadas para o teclado, visando gravar a digitação da senha.
Outra técnica comum é a instalação de dispositivos que travam o cartão fisicamente dentro da máquina. O cliente insere o plástico, mas não consegue retirá-lo, criando o cenário de pânico perfeito para a abordagem do golpista.

De que maneira funciona a tática da falsa ajuda?
Assim que o cartão fica preso, um integrante da quadrilha se aproxima fingindo ser um cliente solidário. Ele sugere que isso é um “erro comum” da máquina e aponta para um adesivo de “Suporte 0800” ou “Central de Segurança” colado no próprio caixa eletrônico.
Esse número não pertence ao banco, mas sim à central telefônica dos bandidos. Ao ligar, a vítima fala com um falso atendente que pede a confirmação da senha para “liberar o cartão” ou “cancelar a operação”. Enquanto a vítima se afasta acreditando ter resolvido o problema, o golpista remove o cartão travado e usa a senha capturada para limpar a conta.
Por que é importante acompanhar notícias do mercado financeiro?
A sofisticação dos golpes bancários evolui rapidamente, acompanhando as tecnologias de pagamento. Manter-se informado sobre a segurança das instituições financeiras e as tendências do setor é uma forma de prevenção.
Estar ciente de que fraudes impactam a economia e a confiança nas instituições ajuda a manter um comportamento mais vigilante ao realizar transações físicas ou digitais.

Quais sinais visuais indicam perigo na máquina?
Antes de usar qualquer terminal, faça uma inspeção visual rápida. Terminais adulterados costumam apresentar sinais de desgaste ou peças que não encaixam perfeitamente no design original da máquina.
Fique atento aos seguintes detalhes que denunciam a presença de equipamentos maliciosos:
- Bocal do cartão: Verifique se está frouxo, desalinhado ou com cor diferente do restante da máquina.
- Teclado: Observe se as teclas estão mais altas que o normal ou se há alguma sobreposição.
- Adesivos suspeitos: Bancos não colam papéis com números de telefone 0800 ou instruções manuais na tela do caixa.
Como diferenciar o banco real da abordagem criminosa?
A regra de ouro no autoatendimento é o isolamento: o banco não interage com você através de terceiros na fila e não pede senhas por telefone.
Use a tabela abaixo para identificar imediatamente se você está em uma situação de risco:
| Ação do Golpista (Sinal Vermelho) | Procedimento do Banco (Realidade) |
| Estranho oferece celular para você ligar. | O banco recomenda usar apenas seu próprio telefone. |
| Adesivo com 0800 colado no monitor. | O suporte oficial fica no verso do cartão ou no app. |
| “Atendente” pede a senha digitada ou falada. | O banco nunca pede sua senha por telefone. |
Fui vítima e o cartão travou, o que devo fazer agora?
Se o cartão ficar preso, jamais aceite ajuda de estranhos e não saia da frente da máquina se a agência estiver aberta. Use seu próprio celular para acessar o aplicativo do banco e realizar o bloqueio temporário ou definitivo do cartão imediatamente.
Caso o golpe tenha sido consumado, siga estes passos para tentar reaver o prejuízo:
- Ligue para a central oficial do banco (número salvo na sua agenda ou no site oficial) e conteste as operações.
- Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia Eletrônica citando a adulteração da máquina.
- Anote o número do terminal e, se possível, tire fotos dos adesivos falsos ou danos na máquina para usar como prova.





