O Tesouro Direto é um investimento em renda fixa, exclusivo para pessoas físicas, criado a partir dos esforços do Governo Federal e da Bolsa de Valores do Brasil, a B3.
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Ao adquirir essas aplicações o investidor empresta dinheiro para o Governo que vai ressarcir o valor inicial acrescido da correção dos juros, ou seja, com o retorno do investimento.
O investimento em Tesouro Direto é assegurado pelo Governo e não participa do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante outras aplicações. Mas é porque não precisa! Títulos públicos são considerados os mais seguros do país.
Os valores iniciais para adquirir essas aplicações são baixos e começam em R$ 30.
Quais são as regras e custos para investir no Tesouro Direto?
O valor mínimo para cada investimento depende de em qual título será aplicado o dinheiro. O valor para cada ação deve ser conferido no site do Tesouro porque podem mudar. A faixa de valores varia entre R$ 30 e R$ 110.
A taxa de custódia do Tesouro Direto é paga à B3 em janeiro e julho, com exceção das aplicações de até R$ 10 mil em Tesouro Selic. O valor é de 0,25% ao ano e cobre a manutenção da guarda do título.
A taxa de serviços é recolhida pelos bancos ou corretoras que operam as movimentações na bolsa.
O Imposto de Renda é cobrado apenas sobre o rendimento dos títulos do Tesouro Direto e segue a tabela regressiva de IR disponibilizada abaixo:
TEMPO DE INVESTIMENTO |
ALÍQUOTA DE IR |
Até 180 dias |
22,5% |
De 181 a 360 dias |
20% |
De 361 a 720 dias |
17,5% |
Acima de 720 dias |
15% |
Como escolher títulos que funcionam para o seu perfil de investidor
O primeiro passo para escolher um título é definir seu objetivo com o investimento. O tempo é um fator importante na hora de definir aplicações, então antes de conhecer os títulos do Tesouro Direto vamos definir o objetivo de fazer o investimento.
Se a intenção é montar uma reserva de emergência, provavelmente o título mais compatível é o Tesouro Selic. Por exemplo, se o objetivo é comprar um carro em 5 anos, um título Tesouro IPCA + com data de vencimento próxima a compra é mais adequado.
A ideia é, depois de montar uma reserva financeira, separar seus objetivos em curto, médio e longo prazo. Assim é mais fácil se enxergar em um perfil de investidor que é essencial para obter as melhores aplicações financeiras disponíveis para seus objetivos.
Quais são os títulos do Tesouro Direto?
Existem cinco títulos do Tesouro Direto divididos em três tipos (IPCA, Prefixado ou Selic):
- Tesouro Selic;
- Tesouro Prefixado;
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais;
- Tesouro IPCA+;
- Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
Tesouro Selic
Os títulos públicos sempre são boas indicações porque são francamente seguros, como a caderneta da poupança, porém mais rentáveis. Neste caso, é um investimento pós-fixado usando a Selic, nossa taxa básica de juros.
Investir mensalmente no Tesouro Direto aumenta muito as chances de seu patrimônio acumular. Nesse investimento a liquidez é diária, portanto, é possível vender antes do vencimento sem medo de perder dinheiro. É possível solicitar o resgate a qualquer momento e o rendimento é somado todos os dias na sua aplicação.
Assim como a poupança e o CDB com liquidez diária, o Tesouro Selic é muito aconselhável para montar a reserva de emergência e os aportes começam em R$100. Portanto é possível investir pouco dinheiro com muita segurança e liquidez.
Tesouro Prefixado
No dia em que faz essa aplicação, o investidor consegue prever com precisão o retorno no dia do vencimento.
Se o dinheiro for resgatado antes do período estipulado no contrato existe a chance de os ganhos serem menores ou maiores do que o valor investido inicialmente. Ou seja, caso o título se valorize você pode se dar bem e caso desvalorize, não.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais
Nessa opção é possível receber os juros acumulados da aplicação, sem realizar o resgate, em dois momentos do ano. Entretanto é descontado o valor do Imposto de Renda segunda a tabela regressiva de tributação.
Tesouro IPCA
São aplicações para o longo prazo como 15 anos ou mais. Caso seja feito o resgate antes do vencimento não há perdas no valor inicial do investimento, mas o retorno pode ser afetado.
Esse investimento é ideal para garantir uma aposentadoria ou em alguns anos materializar um sonho. Ele é indicado para investidores que já constituíram uma reserva financeira porque os rendimentos variam conforme o prazo.
Há ativos do Tesouro IPCA com vencimentos para 2026, 2030, 2035, 2040, 2045 e 2055. O valor mínimo do aporte inicial é de R$ 42.
Tesouro IPCA+
A rentabilidade desse investimento é híbrida sendo a junção da variação da inflação, medida pelo IPCA, e uma taxa de juros prefixada. O IPCA corrige a inflação e os ganhos são gerados pela taxa prefixada. A taxa também varia conforme o tempo de investimento, portanto beneficia quem faz aplicações mais longas.
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais
Nessa opção também é possível receber, sem realizar o resgate, em dois momentos do ano e vale a mesma regra da tabela regressiva de tributação para o valor do Imposto de Renda.
A diferença é o cálculo do pagamento que considera apenas a rentabilidade do IPCA e não da taxa prefixada.
*Imagens: Piqsels.com