As bolsas europeias encerraram o pregão com ganhos modestos, impulsionadas pela abertura positiva dos mercados acionários em Nova York. Durante o dia, os índices oscilaram entre altas e baixas, com investidores atentos às pressões globais sobre a economia e à persistente inflação na região.
Na Alemanha, o governo alemão confirmou uma leve desaceleração no índice de preços ao consumidor (CPI) em agosto, registrando uma taxa anual de 6,1%, ainda bem acima do desejado pelas autoridades. Essa persistência na inflação é alimentada, em parte, pelo aumento nos preços do gás natural devido a uma greve nas unidades da Chevron na Austrália.
Ações das empresas de gás impulsionam ganhos
As ações das empresas de gás na Europa tiveram um dia positivo. A Repsol subiu 1,74%, a BP avançou 0,52%, e a Galp teve alta de 1,83%.
- FTSE 100 (Londres) fechou em alta de 0,49%, atingindo 7.478,19 pontos;
- DAX (Frankfurt) fechou em alta de 0,14%, atingindo 15.740,30 pontos;
- CAC 40 (Paris) subiu 0,09%, chegando a 7.240,77 pontos;
- FTSE MIB (Milão) avançou 0,28%, atingindo 28.233,20 pontos;
- PSI 20 (Lisboa) ganhou 1,08%, alcançando 6.130,01 pontos;
- Ibex 35 (Madri) teve elevação de 0,61%, chegando a 9.367,00 pontos.
Desafios econômicos e inflacionários na Zona do Euro
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou a importância do compromisso com a meta de inflação de 2% ao ano na zona do euro para manter as expectativas ancoradas. As preocupações inflacionárias se somam às incertezas em relação à expansão global, amplificadas pelas crescentes tensões geopolíticas. O Barclays prevê uma desaceleração global entre 2023 e 2024, passando de 2,8% para 2,3%, com menor ímpeto econômico nos EUA, Europa e China.
O ABN Amro, banco comercial e de investimentos dos Países Baixos, afirmou que “os dados econômicos publicados esta semana ilustraram claramente que a economia da zona do euro está sendo afetada pelos aumentos acentuados e sem precedentes das taxas de juros pelo BCE desde meados de 2022, e pelo arrefecimento da economia global. Esperamos que a fraqueza da economia da zona do euro continue por algum tempo, com o PIB provavelmente se contraindo ou permanecendo perto da estagnação durante o segundo semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2024”.
Imagem: Piqsels