A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell na área de distribuição de combustíveis e produção de açúcar e etanol, precificou a ação em R$ 7,40 em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), levantando R$ 6,9 bilhões após 932.432.650 ações ofertadas.
A ação da companhia será negociada a partir de quinta-feira (5) com o ticker RAIZ4.
O preço do papel ficou dentro da faixa indicativa de R$ 7,40 a R$ 9,60, segundo prospecto preliminar divulgado pela empresa. A oferta envolveu a venda apenas de ações preferenciais e os sócios não venderão participação.
Os recursos líquidos provenientes do IPO serão destinados a produtos renováveis, sendo 80% para a construção de novas plantas e ampliação da capacidade de comercialização da companhia e 20% para aumentar a produtividade dos parques de bioenergia (5%) e em infraestrutura de armazenagem e logística (15%).
Para a equipe da Levante Investimentos, a Raizen possui grande potencial de expansão do setor sucroalcooleiro nos próximos anos, que deve ser impulsionado pela recente aquisição da Biosev, trazendo saltos de receita e ebitda já em 2021. Além disso, afirma que a companhia tem fortes vantagens competitivas, como o seu controle pela Shell e Cosan, duas companhias globalmente reconhecidas.
“A companhia já se encontra em posição de destaque nos mercados em que atua, mas tem aprimorado suas operações principalmente por meio da introdução de novas tecnologias no processo produtivo e na diversificação de produtos e subprodutos, além de conseguir manter-se competitiva em setores mais consolidados, como o de combustíveis”, disseram os analistas em relatório recente.
A operação foi coordenada por 12 bancos, liderado por BTG Pactual, com Citi, Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, J.P. Morgan, Santander, XP, HSBC, Morgan Stanley, Safra e Scotiabank.
Bruno Soares / Agência CMA
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Imagem em destaque: Reprodução/Raízen