O Ibovespa operou todo o dia no campo negativo, chegando a cair mais de 1,00% com os investidores repercutindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que sinalizou que pode elevar a taxa de juros básica (Selic) acima dos 0,75 ponto porcentual (pp) e os principais papéis que compõem o índice caíram. Mas, perto do fechamento, a Bolsa desacelerou a queda após o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell.
O discurso de Powell “não trouxe surpresa e tranquilizou o mercado”. O presidente do Fed disse que “se a inflação persistir elevada, o Fed tem ferramentas para agir”.
O principal índice da B3 encerrou os negócios em baixa de 0,38%, aos 128.767,45 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto registrou perda de 0,30%, aos 129.500 pontos. O giro financeiro era de R$ 30,6 bilhões.
Para a analista Stefany Oliveira, da Toro Investimentos,”o drive que dita o movimento de queda é a repercussão da ata do Copom que mostra uma preocupação inflacionária por parte do Banco Central, com isso é possível uma a postura mais hawkish e um aumento de juros mais agressivo”.
A analista da Toro Investimentos observa que poucos ativos estão no movimento comprador, principalmente siderurgia e mineração, que tiveram expressiva queda na semana passada. “Esse movimento não é suficiente para sustentar a alta do Ibovespa”.
Segundo Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, comenta que o impacto negativo na Bolsa foi o comunicado do Banco Central sinalizando que pode ter um aumento de 1,00 para a próxima reunião e “as empresas como varejistas sentem com a alta de juros e caem”.
As ações das Lojas Americanas (LAME4) e Magazine Luíza (MGLU3) baixaram 1,53% e 1,41%, nessa ordem. Lojas Renner (LREN3) e B2W (BTOW3), que desvalorizavam 1,05% e 0,93%, respectivamente.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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