A Eneva divulgou ontem (10) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 372,3 milhões, alta de 152,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
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O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,18 bilhão, alta de 136,5% na comparação anual, com margem Ebitda ajustada avançando 9,8 pontos percentuais, para 47,1%.
Segundo a companhia, o aumento do Ebitda é basicamente devido às duas aquisições realizadas no segundo semestre de 2022, CELSEPAR Centrais Elétricas do Sergipe e Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF), que, em conjunto, geraram um Ebitda de R$ 575,3 milhões; ao maior volume de geração para exportação de energia para a Argentina e Uruguai, que gerou R$ 197,8 milhões de Ebitda; e ao crescimento da margem comercial no trimestre.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 308,3 milhões, comparado ao resultado negativo de R$ 158,3 milhões no mesmo período do ano anterior. Os principais efeitos foram os R$ 283,3 milhões em despesas com juros sobre debêntures; R$ 121,5 milhões em despesas com encargos de dívida. Sendo parcialmente compensadas pelo impacto positivo de R$ 58,4 milhões em receitas com aplicações financeiras.
O fluxo de caixa operacional (FCO) totalizou R$ 660,5 milhões, impulsionado pelo resultado operacional do trimestre, mas parcialmente mitigado, principalmente, pelo impacto negativo da variação de capital de giro no período. O fluxo de caixa de atividades de investimento (FCI) totalizou saída de caixa total de R$ 681,1 milhões. O Fluxo de Caixa de Financiamento (FCF) totalizou entrada de caixa líquida de R$ 233,5 milhões.
O saldo de caixa consolidado (caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários) fechou em R$ 1,687 bilhão, aumento de R$ 213 milhões em relação à posição registrada no final do primeiro trimestre deste ano. Este montante não contempla o saldo em depósitos vinculados no passivo aos contratos de financiamento da companhia, no valor de R$ 806,7 milhões, já incluído no montante reportado de dívida bruta.
A dívida líquida consolidada totalizou R$ 16,576 bilhões no final do período, equivalente a uma relação dívida líquida/EBITDA21 de 4,26x nos últimos 12 meses. Vale ainda destacar que a Companhia aprovou em 2022, junto aos seus credores, a revisão dos limites máximos até o segundo trimestre de 2024 dos covenants financeiros vinculados ao indicador da relação dívida líquida/EBITDA consolidado, no âmbito das emissões de Debêntures da Eneva S.A. e de Parnaíba II. O limite máximo, que antes era de 4,5x, foi revisado para 6,5x até o final do segundo trimestre de 2023, reduzindo para 5,5x entre o terceiro trimestre de 2023 e o final do quarto trimestre de 2023 e, em seguida, para 5,0x entre o primeiro trimestre de 2024 e o final do segundo trimestre de 2024, retornando para o limite máximo de 4,5x a partir do terceiro trimestre de 2024, conforme originalmente previsto nas escrituras de emissão das debêntures.
Emerson Lopes / Agência CMA
Imagem: Divulgação